O secretário da Junta Nacional de Drogas do Uruguai, Julio Calzada, disse nessa quarta feira (26) que a comercialização de maconha em farmácias pode começar em março e não no fim do ano, como antes previsto.
O país conta há quase um ano com uma lei que regula o plantio e venda de maconha para combater o narcotráfico, mas não conseguiu implementá-la em sua totalidade por diversas dificuldades, decorrentes da falta de antecedentes no mundo.
"Será no fim deste período (político), início do próximo", disse Calzada a jornalistas, em referência à data em que entrará em vigor a disponibilização de até 40 gramas mensais de maconha a cada usuário registrado em uma lista oficial para se ter acesso ao produto. O país vai às urnas neste domingo para eleger um novo presidente.
As autoridades do país haviam dito que a venda nas farmácias ocorreria a partir de novembro ou dezembro, mas o processo está atrasado porque ainda não foram concedidas as licenças aos produtores privados.
O país já conta com 1.200 autocultivadores registrados e outros 300 que formam parte de clubes de fumadores, as outras duas modalidades previstas na lei que concede acesso à maconha.
Estima-se que existam no Uruguai cerca de 150.000 consumidores de maconha.