22/08/2023
Economia

Inflação oficial fica acima da meta pelo 4º mês seguido

A inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,51% em novembro. No mês anterior, havia sido de 0,42%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado de 12 meses, a inflação ficou em 6,56% e se manteve acima do teto da meta do governo, de 6,5%, pelo 4º mês seguido. No acumulado do ano, até novembro, o índice é de 5,58%. Em novembro de 2013, a taxa havia sido de 0,54%.

CARNE

A carne lidera o ranking dos principais impactos, com alta de 0,09 ponto percentual, pelo terceiro mês consecutivo. Os preços aumentaram 3,46% em novembro, mais do que em outubro (1,46%) e acumulam alta de 17,81% no ano. No mês, as carnes chegaram a subir 7,51% na região metropolitana de Belém, seguida de Campo Grande (6,03%) e de Goiânia (5,87%). No ano, os preços aumentaram mais em Goiânia, 24,12%, e em Belém, 22,95%. A batata-inglesa também foi destaque entre os alimentos com maior aumento de outubro para novembro, subindo 38,71% na média. Em Salvador, chegou a 75,49%.

GASOLINA

Em segundo lugar no ranking dos principais impactos vem a gasolina, com alta de 0,07 ponto percentual de outubro para novembro. De acordo com o IBGE, o preço do litro da gasolina ficou 1,99% mais caro, refletindo, nas bombas, parte do reajuste de 3% nas refinarias, em vigor a partir de 7 de novembro. Goiânia foi destaque, com alta de 7,95% no mês.

ELETRICIDADE

A seguir vem a energia elétrica, com aumento de 0,05 ponto percentual de um mês para o outro. As maiores variações foram registradas em Fortaleza (10,18%) e Salvador (6,97%), em decorrência de aumentos no PIS/Pasep/Cofins, além do Rio de Janeiro (8,83%), onde ocorreu reajuste de 17,75% em 7 de novembro em uma das concessionárias.

“As exportações no Brasil vêm aumentando, especialmente as carnes. Pelo terceiro mês consecutivo a carne vem pressionando o IPCA com principal impacto de cada um desses três últimos meses. E no ano a carne já apresenta aumento 17%. A seca prejudica os pastos, não tem gado suficiente para abate. Além disso, as exportações têm sido muito fortes, principalmente da Rússia, que deixou de comprar dos Estados Unidos para comprar do Brasil. Não só carne, mas queijo e frango. Então, é uma pressão de demanda”, diz a coordenadora do IBGE.

Cristina Esteche

Jornalista

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