22/08/2023

É preciso começar a ver!

Nos últimos tempos tenho escrito que Guarapuava vive um novo momento nas áreas econômica, educacional, de saúde. São novos empreendimentos de porte,  com a vinda de novas indústrias, como a Araupel, o shopping, a indústria de milho da Agrária, o fomento ao micro empreendedorismo,  os investimentos na área da saúde como o Hospital Regional e o Centro de Especialidades,  a oferta de novos cursos por parte das faculdades,  da Unicentro e do campus da Universidade Tecnológica Federal (UTFPR).

Guarapuava vive um novo momento, sim. Só não vê quem não quer. Basta observar a cidade nos finais de semana, recheada de eventos culturais, esportivos, com o povo se apossando das praças até pouco tempo ociosas, com as iniciativas populares tornando a cultura viva, descobrindo talentos.

E o que falar dos investimentos oficiais? Também não vê quem não quer. É só sair do centro e andar pela periferia para ver que as obras estão sendo executadas, sim. Elas próprias testemunham a sua veracidade nas vilas, nos distritos, com pavimentação de ruas, cascalhamento de estradas, com programas de incentivo à agricultura familiar, com a construção de galerias pluviais, com revitalização e humanização de 12 unidades de saúde, com ações no meio ambiente, com a construção de pontes e bueiros, com a limpeza de arroios que impedem alagamentos nas residências ribeirinhas, só para citar alguns exemplos.

Não estou aqui fazendo o papel da advogada do diabo e nem tenho essa pretensão. É apenas um olhar de longe, de quem neste momento está de fora da roda viva do dia a dia. Ações existem e não são poucas. O que falta é que se deixe de olhar para o próprio umbigo, para ver o todo; que a oposição – embora reduzida a meia dúzia de pessoas – deixe de pregar o ódio e a mentira e que dê lugar a críticas construtivas, que apontem caminhos. Afinal, a cidade é de todos. É em Guarapuava que está o trabalho, o estudo, a diversão, a família, a conquista, a decepção. A gente se decepciona fácil quando se tem o olhar pequeno. Quando achamos que as coisas devem acontecer de imediato e à nossa volta, quando os interesses defendidos não são os nossos, mas a do vizinho.

Guarapuava vive um novo momento, sim. E não é mérito apenas deste ou daquele político. Até acho que interesses políticos partidários atrapalham e Guarapuava vivencia isso há longos e longos anos.  Mas tem algo novo no ar. E Guarapuava somos todos nós. É quem mora no centro, na vila, no bairro, no interior, na favela, nos bairros ditos nobres. É a oposição que espuma raivosa, é a situação que se acha apoderada.

O mérito é sim do conjunto de pessoas que trabalham,  cada uma no seu oficio. Quer sejam operários, doutores, políticos, não políticos, jovens, adultos, crianças, idosos, homens, mulheres.

É preciso ter a consciência de que nada se consegue sozinho e que se a cidade vai bem, se o clima é de otimismo, se a torcida empurra o time, se a energia está conectada num mesmo foco, a tendência é  seguir sempre em frente. Motivos para isso não faltam. Basta saber selecionar o que se ouve e começar a ver.

Cristina Esteche

Jornalista

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