22/08/2023

Guarapuava – Uma conversa rápida entre o governador Roberto Requião e o prefeito Fernando Ribas Carli, recentemente, está merecendo um “show pirotécnico” por parte da bancada de sustentação do prefeito.
A “parceria” foi comemorada pelo vereador Fernando da Maçã e ratificada pela “tucana” Maria José Mandu Ribas, aliás, que foi a porta-voz da “boa nova” na tribuna da Câmara.
Segundo a bancada “carlista”, em breve, obras com recursos estaduais estarão sendo executadas emn Guarapuava. Se isso acontecer, como bem lembrou o vereador Nélio Gomes da Costa (PSDB)o prefeito, que está sendo “muito bem pago para administrar o município” recebendo um salário de R$ 12 mil por mês, está simplesmente cumprindo a sua obrigação. Observação muita bem feita por Nélio.
Da parte da bancada situacionista é aceitável a comemoração. Afinal, Carli demorou 4 anos e meio para ir conversar com o governador e gestionar melhorias para o município. E só o fez porque o bloco parlamentar de oposição o provocou. Aliás, é o que também se comenta nos bastidores políticos, tanto de Guarapuava quanto nos corredores da Assembleia Legislativa do Paraná e também do Palácio Iguaçu.
Durante a visita de Requião à Expogua deste ano, o presidente da Câmara Admir Strechar pediu ao governador para que fosse feita uma agenda política na qual fosse incluída uma conversa com Carli. O governador, de imediato, se colocou à disposição do G-8 e do próprio prefeito.
Carli agiu certo e foi em busca de munição para o seu discurso.
Se a sua administração elaborar os projetos solicitados pelo Governo do Estado e cuja morosidade está “emperrando” obras e repasses para Guarapuava, a exemplo da construção de colégios estaduais que falta apenas o município doar as áreas, Carli vai comemorar e atrair os louros para si.
Se a Prefeitura continuar “embargando” as obras e não aceitando os repasses como acontece com a Sanepar há anos, o prefeito deve “engrossar” o discurso com a retórica de que foi atrás, mas o governo discriminou Guarapuava, como se repete há tempo.
Por enquanto, de repente, Requião se transformou de bandido em mocinho e está sendo elogiado em pronunciamentos e nos programas das emissoras de rádio de propriedade do prefeito.
Resta saber até quando essa etapa de sedução entre as esferas governamentais (desculpe! o prefeito não gosta que a administração municipal seja tratada como governo), portanto, entre o prefeito e o governador, vai durar. Com certeza a população está torcendo para que seja eterna enquanto dure a gestão “requianista”.
É só esperar para ver! (Cristina Esteche)

Cristina Esteche

Jornalista

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