22/08/2023

Como ´dantes´

Às vésperas das eleições na Câmara Municipal de Vereadores em Guarapuava nenhuma novidade à vista. Os membros da Mesa Diretora atual, por força legal, estão fora do páreo. A briga fica entre uns nove vereadores, incluindo, inicialmente, apenas uns dois da oposição: Geraldo Barbosa e Cleto Tamanini. Porém, com o passar dos dias e com a aproximação das eleições, Geraldo (PT), Cleto (PTC) e Rodrigo Crema (PMDB) se reuniram no G-3 e apresentaram documentos contendo reivindicações aos presidenciáveis, numa demonstração clara de que desistiram da disputa e de que votarão em bloco. Assim sendo,  o pleito deverá ser disputado entre  Ademir Fabiane (PPS), Neto Rauen (PPS), Valdomiro Batista (PMN), Valdemar Calixto (PSB), João Napoleão (PROS). O que a situação quer é que haja consenso, mas os interesses são difusos. Um dos candidatos preferidos é Neto Rauen, mas a bancada não comunga do mesmo gosto. Fabiane seria a segunda opção na lista dos desejos, mas promete austeridade, seguindo a mesma politica de Edony Kluber. E isso não agrada a maioria.

Entre os demais nomes, quem reúne a maior condição de vencer a eleição é João Napoleão. Experiente em estratégia eleitoral para a mesa Diretora, fez a lição de cada direitinho quando a matéria e articulação política, no estilo mineiro, “comendo pela beiradinha”. Uma situação desenhada desde o dia em que Edony foi escolhido para ser o presidente. Desde então eu já dizia que Napoleão seria o sucessor de Edony. A conclusão é simples: João Napoleão participou das maiores articulações já vistas numa eleição para a presidência da Câmara e que elegeu Admir Strechar para dois mandatos consecutivos, num deles derrotando a escolhida do ex-prefeito Fernando Carli, a “tucana” Maria José Mandu Ribas. Presidiu o Legislativo Municipal na maior crise já enfrentada, quando Strechar foi preso e ele, João Napoleão se via envolvido no escândalo da Operação Fantasma. Cumpriu o mandato, deu a volta por cima e se reelegeu como vereador ainda pelo grupo “Carlista”. Se aproximou do prefeito Cesar Silvestri Filho, passou a compor a bancada situacionista e agora pode comandar, novamente, o Legislativo, com os votos também de oposicionistas, já que transita muito bem prá lá e prá cá.  

Enfim, o quadro atual é este. A não ser que a maioria dos vereadores tenha carta na manga e decida surpreender. O que não seria nada mal, já que o cenário político de Guarapuava ainda aguarda mudanças que surpreendam.

Cristina Esteche

Jornalista

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