Prestação de contas do ano? Só se for em dezembro.

Vai chegando o final do ano, e como se  costuma dizer, encerra-se mais um ciclo. Novamente, nos vemos  envolvidos com  chamadas para reflexões, “fechar prá balanço” , prestação de contas. Como prevê a Constituição Federal de 1988, no parágrafo único do Art. 70- “Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária”.

Ou seja, a finalidade de se prestar contas é demonstrar  à população, no caso de autoridades políticas, que os objetivos propostos foram cumpridos. É isso que geralmente se faz a cada final de ano quando prefeitos, secretários municipais e outras autoridades envolvidas na administração pública,  no caso dos municípios, buscam veículos de comunicação para falares sobre os seus feitos. Atividade normal que entra no embalo dos apelos de fechamento de ciclo. Passado esse período, a hora é de tocar a bola prá frente, anunciar novos projetos, começar novas ações, mostrar que o ano que se inicia com otimismo, com disposição de trabalhar ainda mais. Assim como mandam os apelos de final de dezembro, a partir de janeiro um novo ciclo começa e deve ser cheio de novidades, de esperança, de expectativas. O que for feito fora disso é como chutar na trave. Começar o ano retrocedendo, prestando contas do ano que ficou pra trás é como perder o bonde e chegar atrasado num evento em que você é o convidado especial. Uma gafe irremediável! Por isso, bola prá frente  no ciclo que em janeiro vai começar!