22/08/2023
Cotidiano

Paraná lidera produção industrial em julho com alta de 15,3%, aponta IBGE

Curitiba – A produção industrial do Paraná foi a que registrou maior crescimento no país no mês de julho, na comparação com junho, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (03), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta foi de 15,3%, bem acima da média nacional, de 2,2%. O desempenho do Paraná foi superior a economias altamente industrializadas, como a de São Paulo, que registrou um crescimento de 1,4%, e do Rio de Janeiro e Minas Gerais, ambos com uma alta de 1,8%.
Em comparação aos dois estados vizinhos da região Sul, o crescimento industrial paranaense foi superior ao do Rio Grande do Sul, que registrou alta de 1,1%, e de Santa Catarina, com taxa de 0,8%.
Na avaliação do secretário do Planejamento e Coordenação Geral, Enio Verri, os números comprovam, mais uma vez, que o Paraná tem conseguido responder de maneira muito rápida aos desafios gerados pela crise econômica mundial. “Isso prova que as políticas adotadas pelo governo federal têm uma resposta rápida no Paraná, graças às medidas adotadas pelo governador Roberto Requião. A capacidade da indústria paranaense está cada vez melhor e o setor está preparado para enfrentar grandes desafios”, disse.
“Uma das maneiras de se analisar o desenvolvimento econômico de um país, ou de um estado, é estudar o comportamento da sua produção industrial. A indústria gera desenvolvimento à medida que compra matéria-prima e produz para que o comércio venda. Portanto, ela provoca um desenvolvimento integrado. Os números divulgados pelo IBGE têm mostrado que o Paraná se preparou, e muito bem, para enfrentar a crise”, ressaltou Verri.

Resultado – Com o resultado registrado em julho, o Paraná devolveu sua queda acumulada nos três meses anteriores. Outras regiões que tiveram desempenho acima da média nacional no período, mas com dados bem inferiores ao paranaense, foram Espírito Santo (8,9%), Goiás (6,0%) e Amazonas (3,6%).
Na média nacional, a produção industrial brasileira avançou 2,2% em julho, em comparação com junho, no sétimo avanço mensal consecutivo. Já em comparação ao mesmo período do ano passado, o indicador teve queda de 9,9%, na menor retração anual desde abril. No acumulado do ano, o índice recuou 12,8% e, nos últimos 123 meses, a queda é de 8%.
Na comparação com julho de 2008, os índices foram predominantemente negativos, porém, o Paraná também se destaca, registrando um índice inferior aos demais estados e a média nacional (-9,9%). O recuo no Paraná foi de -5,3%. As taxas negativas mais elevadas foram registradas no Espírito Santo (-20%), Minas Gerais (-16,1%), e São Paulo ( -11,9%). Santa Catarina registrou (-7,3%) e Rio Grande do Sul ( -7,6%).

MENOS IMPOSTO – Segundo secretário de Estado da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho, o empresário está fazendo a sua parte sendo assistido pelo governo estadual com a redução de impostos. “O Paraná tem 218 mil micro e pequenas empresas, das quais 172 mil (78%) são beneficiadas pela isenção ou redução fiscal adotada pelo Governo Roberto Requião”.
A isenção de ICMS para as pequenas e microempresas, a minirreforma tributária que isentou o imposto para 95 mil itens de consumo popular e o aumento do piso regional – lembra ainda Moreira Filho – também ajudam a colocar o Paraná entre os Estados líderes na geração de empregos no país.
O total de trabalhadores com carteira assinada no Paraná subiu para 2.188.592. Destes, 624.485 conseguiram emprego a partir de 2003, início do governo Requião. Para se ter uma ideia do que isso significa, o Paraná gerou 15 vezes mais empregos formais em pouco mais de seis anos do que nos oito anos anteriores, quando foram abertos 37.882 postos de trabalho.
“A produção industrial é um termômetro do vigor e da recuperação da indústria paranaense em tempos de crise, derrubando previsões mais pessimistas”, analisa ainda o secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho.

(AEN)

Cristina Esteche

Jornalista

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