E que venha 2015!

Chegamos a mais um final de ano, como sempre, pensando nas coisas que deixamos de fazer e nas quais faremos em 2015. Longe de casa, vivendo uma nova cultura, fica difícil deixar de pensar nas pessoas que deixei no Brasil, no que estarão fazendo neste momento, quais estão sendo os preparativos para a virada. Claro que vou presenciar um espetáculo inesquecível com a queima de fogos na Time Square onde milhões de pessoas tomam conta do espaço numa das maiores confraternizações do mundo. Mas escolhemos  jantar num bom restaurante, e depois passar a meia noite no mais tradicional circo de NY. Isso mesmo, num circo. Quero que 2015 seja livre, leve, solto, com muita arte – seja qual for -, com muitas risadas mesmo que tenha que continuar me equilibrando sobre a corda bamba que é a vida; colocar nariz vermelho em muitas ocasiões para depois sentar em meio ao público e rir dos verdadeiros palhaços que estão no picadeiro e que não percebem; fugir das facadas que são atiradas e que por força maior nunca conseguem atingir o alvo; se deixar cortar como a mulher na caixa e depois se levantar inteira; continuar fugindo das feras que estão soltas, mas que na verdade estão enjauladas pelo próprio ego, pela ânsia de poder. Enfim, em 2015 quero voar solta como se estivesse num trapézio, dançar livre a música que eu gosto, valorizar as pessoas que estão à minha volta, sem máscaras, mas por inteiro, de cara lavada. Quero trabalhar muito sim. Porque o que faço me dá prazer. Quero amar mais meus filhos, meu marido, meus netos, minha nora, meu genro, minha mãe, irmãos, cunhadas, sobrinhos, amigos.  Quer continuar sendo eu, com minha energia fortalecida, com minha luz própria – assim como o vagalume  que voa quietinho -, com caminhos abertos pela energia de Exu, imbatível com a força do meu pai Ogum e protegida por minha mãe Iemanjá. Que venha 2015!