Um tremor de terra assustou os moradores de Tunas do Paraná, na Região Metropolitana de Curitiba, na tarde de ontem (05). O abalo sísmico foi avaliado pelos especialistas como de pequena proporção. De qualquer forma, foi registrado por unidades de monitoramento do país. De acordo com a prefeitura, ninguém ficou ferido.
“Todo mundo estava assustado porque não sabe bem o que aconteceu e se vai ter mais. Foi um tremor de alguns segundos, tremeu tudo e deu para sentir bem”, contou o servidor municipal Caio Murilo Cruz da Silva, de 27 anos. Ele disse que sempre morou na cidade e que esta foi a primeira vez que a terra tremeu. A experiência tem mexido com o imaginário da população. “Diz a lenda que aqui tem um vulcão adormecido. Na verdade, dá um pouco de medo, mas é uma mistura de medo com curiosidade”, brincou.
Conforme o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), o abalo foi superficial e, por isso, mais sensível para os moradores. A magnitude foi de 3.1 na escala Richter.
A Rede Sismográfica Brasileira também registrou o tremor. Segundo o professor Lucas Vieira Barros, do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UNB), o tremor teve duração de menos de um minuto, e ainda que a graduação tenha sido pequena, pode ter causado rachaduras e estrondos – sem danos graves.
Quanto à ocorrência de novos tremores, o professor Barros afirmou que pelo retrospecto do Paraná, a tendência é de que os abalos sísmicos sejam raros. Todavia, como não é possível prevê-los, não se pode afirmar que haverá novos. “O Paraná é assísmico. O maior abalo registrado no estado foi em janeiro de 2006, em Telêmaco Borba, nos Campos Gerais, de 4.3 na escala Richter”, lembrou.