O “estelionato eleitoral” que vem sendo propalado pela oposição de Dilma Roussef pautou o discurso da Presidenta na primeira reunião com os ministros nesta semana, com retórica voltada para a economia brasileira. Dilma quer descontruir o que mídia opositora vem pregando e orientou os ministros a travarem a batalha da comunicação.
Dilma fez questão de frisar que o discurso da campanha, hoje considerado contraditório às ações que vem praticando, não foi alterado “um só milímetro”. A presidente lembra que o projeto de desenvolvimento econômico implantado em 2003 pelo ex-presidente Lula, prevendo crescimento do País com distribuição de renda, continua. Dilma pediu que os ministros comuniquem mais e enfrentem a “batalha da comunicação”.
Mas uma das maiores preocupações do discurso foi em relação aos direitos trabalhistas, considerados “intocáveis” pela presidenta. “
Os direitos trabalhistas são intocáveis e não será o nosso governo, um governo dos trabalhadores, que irá revogá-los", disse a presidente, para quem as medidas apresentadas pela nova equipe "têm caráter corretivo". "Os ajustes – e aí eu entro nessa explicação que é essencial –, os ajustes que estamos fazendo, eles são necessários para manter o rumo, para ampliar as oportunidades, preservando as prioridades sociais e econômicas do governo que iniciamos há 12 anos atrás. As medidas que estamos tomando e que tomaremos, elas vão consolidar e ampliar um projeto vitorioso nas urnas por quatro eleições consecutivas e que estão, essas medidas, ajudando a transformar o Brasil."
A presidente orientou ainda que o Governo deve enfrentar o desconhecimento, a desinformação sempre e permanentemente. “Não podemos permitir que a falsa versão se crie e se alastre. Reajam aos boatos, travem a batalha da comunicação, levem a posição do governo à opinião pública, a posição do ministério, a posição do governo à opinião pública. Sejam claros, sejam precisos, se façam entender. Nós não podemos deixar dúvidas", concluiu.