22/08/2023
Educação

Lygia Pupatto diz que Universidade sem Fronteiras cumpre responsabilidade social

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Guarapuava – A secretária de Estado da Ciência Tecnologia e Ensino Superior, Lygia Pupatto fez uma avaliação do programa Universidade sem Fronteiras que vem sendo desenvolvido pela SETI desde 2007 em todo o Paraná.
Lygia, acompanhada pelo vice-reitor Aldo Bonna, da Unicentro, pelo técnico do Programa, Cristiano Passos, visitou a redação da Rede Sul de Notícias onde parmenaceu por quase uma hora em entrevista concedida à jornalista Cristina Esteche.
Considerado o maior programa de extensão univesritária do País, o Universidade Sem Fronteiras, segundo a secretária, é atualmente, em investimento financeiro e capital humano a maior ação de extensão universitária em curso no Brasil.
Colocado em prática em outubro de 2007, equipes multidisciplinares compostas por educadores, profissionais recém-formados e estudantes das universidades e faculdades públicas do Estado do Paraná, trabalham em centenas de projetos, presentes hoje, em mais de 280 municípios e mais de 600 projetos em andamento.
“É o desafio de disseminar o conhecimento e de propagar a ciência e a tecnologia agregando uma formação humana”, afirmou a secretária.
De acordo com Lygia, o programa obedece o critério fundamental de orientação e de proposição e seleção dos projetos, que é o seu desenvolvimento nos municípios socialmente mais críticos, identificados a partir da mensuração do seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Entendendo que as políticas públicas quando realizadas de forma integrada aumentam seu impacto e alcance, as propostas e ações dos projetos em andamento foram divididas em subprogramas com pontos de conexão entre si.
“Temos um orçamento de R$ 1,4 bilhões arrecadados pelos impostos pagos pela população e temos o dever de dar um retorno desse dinheiro à população”, afirmou.
Por isso, os subprogramas colocados em desenvolvimento contemplam as áreas de Incubadora dos Direitos Sociais, Apoio às Licenciaturas, Apoio à Agricultura Familiar, Apoio à Pecuária Leiteria, Apoio à Produção Agroecológica Familiar, Diálogos Culturais e Extensão Tenológica Empresarial.
“Dessa forma estamos gerando trabalho e renda, trabalhando a educação e a efetividades dos direitos sociais de uma forma integrada, provocando mudanças tanto no interior das instituições participantes quanto nas respectivas localidades onde os projetos estão sendo trabalhados”, observa a secretária.
“Só para você ter uma ideia no subprograma de apoio à atividade leiteira que vem sendo executado em algumas propriedades houve um aumento de 30% na renda dos agricultores familiares”, informou.
Professora da Universidade Estadual (UEL) há 30 anos, onde já foi reitora, Lygia Pupatto acumula outras experiências como secretária da Mulher na Prefeitura de Londrina, deputado estadual por seis meses, vereadora e agora secretária de Estado. A partir dessas experiências ela está elaborando um programa para o Paraná na área educacional. Entre todas as demandas elencadas no perfil que está ainda sendo traçado, Lygia prioriza a valorização do professor e iniciativas que coíbam a violência contra estes na escola.
“Temos dados que apontam para o grande número de professores com depressão por essa causa. Defendemos uma valorização desse profissional, entre tantos outros pontos que estão sendo estudados”, diz.
Colocando o seu nome à disposição do PT como pré-candidata a deputada estadual nas eleições de 2010, ainda vê que a mulher tem muitos desafios a enfrentar no cenário político nacional.
Para ela, o sistema político brasileiro é machista e não esconde que vê essa condição também no governo do Paraná, equipe onde está inserida. Lygia defende a reversão desse quadro a partir da conscientização feminina, condição que vai permitir a ampliação da representatividade da mulher na política nacional.
“O fato de termos a grande possibilidade de ver uma mulher como candidata à presidência da República e a grande chance de elegê-la para suceder o Presidente Lula, acredito que dará um impulso para essa mudança”, afirmou referindo-se à ministra da Casa Civil, Dilma Roussef.
Filiada ao PT, a secretária tem “jogo de cintura” quando o assunto é coligação no Paraná. “Se você ler os jornais diariamente vai ver que a situação muda constantemente, mas o partido está conversando com o PMDB (companheiro de governo) e com o PDT que também apóia o governo Lula, embora no Paraná a situação seja diferente. A orientação do presidente Lula é que as conversas aconteçam com esses dois partidos, mas ainda há muito vento e muita água vai rolar por debaixo da ponte”, desconversa.
Assumindo que está vivendo uma fase “muito boa” da sua vida particular com o nascimento do neto Valentim, filho de Bruna, há dois meses, a secretária diz que em meio aos inúmeros compromissos que o cargo lhe exige ainda sobra tempo para momentos em família. “Quando estou em Curitiba reservo o horário do almoço para esses momentos e isso me faz ver que o compromisso que tenho no cargo que exerço, também como professora, ainda é maior para desenvolver ações que melhorem a qualidade de vida do nosso povo”, afirmou.

Cristina Esteche

Jornalista

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