* Caio Budel
Com a liberação de apenas 10 mil contratos para professores do Processo Seletivo Simplificado (PSS) em todo o Paraná, diversos docentes não conseguiram atingir a média delimitada pela Secretaria de Educação de 26 horas/aulas. Com isso, o salário dos que foram prejudicados pela medida quase não compensa outras despesas que terão para poderem dar aulas.
De acordo com a professora de português Vanderlúcia Oliveira, que trabalha em regime PSS em Irati há três anos e que conseguiu apenas cinco aulas na distribuição do Estado, o salário dela chegará a menos do minímo. "Tenho formação e três especializações. Fui a última professora a ser chamada e praticamente obrigada a pegar as aulas que sobraram, senão iria para o final da lista. Com o salário que vou receber quase terei que pagar para trabalhar", explica.
Ainda de acordo com a professora, o prejuízo maior da distribuição deste ano é que muitos professores não conseguiram pegar aulas em regiões que não lhes gerassem gastos a mais. "Moro em um bairro da cidade e as aulas que me sobraram ficam fora do município, me gerando gastos de locomoção. Nos anos anteriores, mais vagas sobravam, o que compensaria esse gasto mesmo que eu tivesse aulas fora da cidade".