Cristina Esteche, com foto da App Sindicato
Servidores públicos estaduais continuam a greve por tempo indeterminado no Paraná. Um grupo de manifestantes vai permanecer em frente a Assembleia Legislativa do Paraná, embora os trabalhos legislativos só retornem no dia 23 de fevereiro.
De acordo com o presidente da App-Sindicato, professor Hermes Leão, o esforço deu certo. “Diante da pressão da nossa categoria, somada ao apoio de outros servidores, Beto Richa ordenou que os projetos de lei 06/2015 e o 60/2015 retornassem à Casa Civil. A justificativa é que eles serão reexaminados . Apesar da medida, a nossa categoria permanece em greve”. Segundo Hermes, educadores permanecem acampados em frente ao Palácio Iguaçu até depois do Carnaval. A maioria dos grevistas de vários municípios paranaenses que estavam em Curitiba já retornam às suas casas.
“A nossa greve continua, porque não houve negociação de nenhum outro ponto da pauta da greve. A retirada dos projetos não é, de jeito nenhum, motivo para nos desmobilizar. Diante da pressão, o governo retira as medidas. Mas, é claro, já fica subentendido que, num outro momento, eles voltarão a atacar a educação, a previdência e a carreira dos servidores”, alerta.
De acordo com Hermes Leão, o movimento só acaba se houver o “pagamento imediato” dos salários em atrasos (PSS, 1/3 de férias, auxílio alimentação e conveniadas), além da retomada das negociações sobre os temas educacionais e a organização escolar, bem como a retomada do porte das escolas (tendo como referência mínima dezembro de 2014). “Com as medidas do governo, houve um verdadeiro desmonte das escolas, com redução de professores, diretores, pedagogos, funcionários, de turmas e matrículas. Algo inaceitável”.