* Por Rogério Thomas
De acordo com o promotor coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Guarapuava, Vitor Hugo Honesko, o esquema de corrupção implantado na administração de Prudentópolis era administrado pelo prefeito Gilvan Pizzano Agibert (que permanece preso no presido de Piraquara) e pelos filhos dele Rodrigo Agibert (que está preso em Prudentópolis) e Thiago Agibert.
Conforme Honesko, durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão na casa do prefeito, parte do dinheiro (cerca de R$ 80 mil) foi encontrado no quarto de Thiago e a outra parte no quarto de Gilvan. “O Rodrigo era o responsável pela empresa que tinha o empresário preso como “laranja”. Ele fazia intervenções e respondia diretamente pelos trabalhos da empresa. Já no nome de Thiago foram colocados os bens adquiridos nos últimos anos, como carros e imóveis. Além disso, em algumas situações, foi Thiago quem buscou o dinheiro para o prefeito”, diz o promotor.
INVESTIGAÇÕES
As investigações do Gaeco que culminaram na Operação Caçamba foram realizadas durante 10 meses. “O prefeito agia diretamente com os empresários. Ele deixava os pagamentos das empresas atrasar e quando elas ligavam para ele cobrando, ele dizia para deixar separados “as 10 canetas” ou os “20 documentos”, e assim por diante. Foram muitas vezes que ele cobrou a propina”, afirma Honesko.