22/08/2023

Fênix, Cinderela e eu

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O carnaval acabou. Na passarela entra desfilando, originalmente tímida, a quarta-feira de cinzas.

O período da quaresma cristã, que antecipa o sofrimento e morte de Jesus na cruz, é sempre uma boa oportunidade de reflexão e renascimento.

Como diziam “os antigos”, quem dança na quarta-feira de cinzas cria rabo. Tenho certeza que materialmente isso não aconteça . Mas, metaforicamente, não tenho a mínima dúvida de que a falta de reflexão permanente sobre a forma como encaramos a vida e a avaliação dos nossos padrões, geram o grande potencial de produzir um novo membro para nosso corpo energético e espiritual: uma cauda negativa gigante, que carregada por anos, décadas ou por toda uma existência, irá nos fazer paralisar na evolução e literalmente patinar no cotidiano que se chama viver.

Acontece que é muito mais fácil viver na superfície do que mergulhar nas sombras que moram no sótão da nossa sala de estar e, uma hora ou outra, viram fantasmas que assombram dias felizes. É preciso coragem para olhar para dentro e iluminar o que não tem cor ou revigorar o que anda meio desbotado.

Não importa se o caminho é percorrido com jejuns, privações, orações, meditações, leituras profundas ou outra forma qualquer que instiga autoconhecimento e transformações. O importante é não passar pelo tempo como seres anestesiados e inconscientes em plena revolução.

O cinza sempre é uma oportunidade de neutralizar a visão para que possamos perceber novas cores mais vibrantes. Fênix renasce das cinzas muito mais forte. Cinderela (deriva de cinzas) se torna a mais bela das princesas. E assim caminha a mitologia, o mundo das fábulas e a humanidade…

Ainda é tempo.

Que possamos renascer das cinzas, muito melhores do que imaginamos ser possível!

Paz e amor!

Amém!

Beijos,

Jo

Cristina Esteche

Jornalista

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