22/08/2023
Política

Comissão Processante não consegue notificar Gilvan

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* Por Rogério Thomas

Os vereadores Valdir Krik e Marcos Vinicio dos Santos, presidente e relator da Comissão Processante que investiga o prefeito afastado de Prudentópolis, Gilvan Pizzano Agibert, ainda não conseguiram notificá-lo da denuncia.

Ontem (10) os dois vereadores fizeram plantão em frente à casa de Gilvan e foram comunicados por volta das 21h40, por um advogado de defesa, que ele (Gilvan) estava com mal estar. Hoje (11), o advogado protocolou um atestado, justificando o estado de saúde de Gilvan.

De acordo com Valdir Krik, a Comissão continua procurando pelo prefeito afastado, para notificá-lo da denuncia. “A partir da notificação, ele terá 10 dias para apresentar sua defesa”, explicou Krik.

DENUNCIA

A denúncia contra Gilvan Pizzano Agibert que gerou a abertura da Comissão Processante foi apresentada pelo professor Mauro Luiz Mehl. Em nota publicada nas redes sociais, Mauro justificou que o pedido de abertura da CP foi apresentado devido às denúncias realizadas pelo GAECO, que culminaram com a prisão em flagrante de Gilvan, quando recebia R$ 20 mil de um funcionário de uma empresa que presta serviços de coleta de lixo ao município de Prudentópolis. “Deixo claro que não tenho e jamais terei qualquer intenção de pleitear cargo público eletivo. Sou professor e integrante da sociedade civil organizada, acredito na participação popular como a maior esperança da verdadeira democracia”, diz um trecho da nota apresentada pelo denunciante. 

De acordo com informações da Câmara de Prudentópolis, Mauro aponta a própria prisão de Gilvan como um fato a ser investigado, já que o prefeito afastado é acusado de ter recebido propina do responsável pela empresa Transresiduos Transportes de Resíduos Industriais Ltda, Luiz Antonio Bertussi Filho. 

O denunciante também cita que a infração deu-se em razão do exercício do cargo de prefeito. “Agindo como agiu, o prefeito Gilvan Pizzano Agibert, no mínimo está agindo de modo incompatível com a dignidade e o decoro de seu cargo, sendo que tal conduta constitui infração político administrativa sujeita ao julgamento da Câmara de Vereadores, e sancionada com a cassação do mandato nos termos do artigo 4º, X do Decreto Lei 201/67”, relata Mauro em um trecho da denúncia.

COMISSÃO

A Comissão Processante tem um prazo de 90 dias para concluir o relatório final, onde indicará pela cassação ou não do prefeito afastado.

A CP é composta por Valdir Krik (PPS), como presidente; João Michalichen Neto (PSD), secretário; e Marcos Vinício dos Santos (PT), relator. 

Cristina Esteche

Jornalista

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