22/08/2023
Segurança

Agentes penitenciários pedem mais segurança

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Cristina Esteche e Bárbara Franco

Agentes penitenciários do Paraná protestam pela falta de segurança e de efetivo nos presidios, fragilizando o sistema carcerário. Apenas as refeições estão sendo servidas aos presos. 

A informação foi dada pelo presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), Antony Johnson em entrevista a RedeSul de Notícias  no início da tarde desta segunda feira (16) em Guarapuava. “Todos os presidios do estado amanheceram fechados por questão de segurança e em respeito à memória do colega”.

O agente penitenciário Marcelo Fernando Pinheiro, 31 anos, lotado no Centro de Regime Semiaberto de Guarapuava (Crag) faleceu na madrugada desta segunda feira, após ser baleado no local de trabalho. Dois homens cortaram o alambrado da unidade, invadiram o local e dispararam 10 tiros,  três atingiram a vítima, sendo um tiro na cabeça e um em cada ombro. Até o momento, quarto suspeitos estão presos. De acordo com Antony, outros dois agentes também estavam no local, mas se abaixaram e escaparam dos disparos. A suspeita é de que os atiradores tenham ido ao local para libertar outros presos. Na sexta feira (13) um interno fugiu, mas foi recapturado.

Para o Sindicato, o governo precisa apresentar medidas efetivas de segurança. "Precisamos de medidas que garantam a segurança dos trabalhadores. O governo deve aumentar o efetivo de agentes penitenciários urgentemente, além de aumentar a quantidade de policiais militares armados nas unidades”Segundo Antony, no dia do crime havia apenas um policial militar armado na guarita. É que agentes penitenciários não podem portar armas.

O CRAG possui capacidade para 215 semi-internos e está com 210. Cinquenta agentes trabalham divididos em três grupos.

 

 

Cristina Esteche

Jornalista

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