* Por Rogério Thomas
O prefeito afastado de Prudentópolis, Gilvan Pizzano Agibert (sem partido) mantinha uma contabilidade detalhada das propinas que recebia de empresas que prestavam serviços para o município.
O detalhamento da contabilidade foi constatado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), após a análise das agendas particulares de Gilvan.
Todos os recebimentos em espécie e os valores que cada empresário pagou estão detalhados pela própria escrita do prefeito.
Na denuncia do Gaeco à Justiça, os valores arrecadados com propinas são tratados como “valores arrecadados de forma ilegal, que ajudaram a pagar os bens adquiridos pelo prefeito”. Ou seja, o dinheiro arrecado com propina por Gilvan foi utilizado na compra de veículos e terrenos, que eram colocados no nome do filho dele, Thiago Agibert.
Conforme a denuncia, os valores arrecadados durante os meses de investigação através de propina chegam a R$ 600 mil. Porém, esse valor pode ser muito maior, devido à constância no recebimento dos valores junto aos empresários.
Esta semana o Gaeco realizou o seqüestro de imóveis e de veículos, além do bloqueio das contas bancárias dos envolvidos com o objetivo de assegurar que parte dos valores desviados no esquema possam retornar aos cofres da Prefeitura através de leilão judicial no final do processo.