Cristina Esteche, com foto de Lizi Dalenogari/RSN
Embora não exista uma estatística atualizada sobre o número de acidentes de trabalho em Guarapuava, o trabalhador convive com a insegurança em diversas áreas de atuação. Na semana passada um trabalhador rural morreu ao cair de uma árvore, enquanto extraia erva mate, no distrito de Entre Rios. Em 2014, outro trabalhador teve parte do corpo esmagada por uma prensa na Madeirit, também em Guarapuava. Num caso bem recente, nessa segunda feira (06), um trabalhador foi atingido no pé por uma empilhadeira, num supermercado da cidade.
Os últimos dados oficiais levantados pela Rede Sul de Notícias, entretanto, são de 2013, quando 423 pessoas se acidentaram durante o expediente de trabalho; 15 foram a óbito. De acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT), do total de mortes em 2013, a maioria era de homens (397) com idade entre 19 e 39 anos (186). A faixa etária de 39 a 59 também tem representação alarmante (170). Ao mesmo tempo, foram apenas 26 mortes de mulheres no mesmo período.
Maior fiscalização, conscientização das empresas e do próprio trabalhador são fatores que precisam ser trabalhados com mais eficiência para que reduzir esses índices, observa o coordenador do curso de Segurança do Trabalho, o engenheiro Sergio Augusto Onofre, do Colégio Ana Vanda Bassara, de Guarapuava.
Um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) de 2013, mostra que três vidas são perdidas por minuto em acidentes de trabalho pelo mundo e cinco mil por dia. A cada ano, acidentes não fatais totalizam 317 milhões. No Brasil, são quarto mil mortes po ano.
Entretanto, o trabalho não envolve o risco apenas de acidentes, mas também o de doenças. No mundo, são 160 milhões de pessoas que sofrem com doenças profissionais e 2,02 milhões de trabalhadores que morrem a cada ano em decorrência de enfermidades relacionadas ao trabalho.