Cristina Esteche
O Colégio Ana Vanda Bassara, em Guarapuava, é um celeiro formador de técnicos em segurança do trabalho. Criado em 1990 o curso já formou cerca de 1,3 mil profissionais, espalhados pelas maiores empresas nacionais, como a Petrobras, Usina de Belmonte, entre outras. O piso salarial da categoria é de R$ 1,8 mil.
De acordo com o coordenador do curso, o engenheiro Sergio Augusto Onofre, o colégio é o terceiro do País e a primeira escolar pública a ofertar o curso nessa modalidade. O engenheiro disse que o diferencial está na base técnica do curso. “O Ana Vanda é um diferencial nesse setor e se tornou referência no mercado nacional. Hoje o técnico formado pelo colégio já sai empregado”. Sergio Onofre afirmou que empresas de vários estados brasileiros ligam em busca de profissionais.
O curso é pós médio e, por isso, possui um ano e meio de duração. Regulamentado, o curso possui aulas noturnas e já atrai mulheres. “Hoje 50% do público é feminino”.
A obrigatoriedade de empresas com número superior a 50 empregados em ter um técnico em segurança no trabalho, mostra que o mercado é promissor. Porém, Onofre ressalta que ainda há falta de consicentização tanto por parte do empregador, quanto do trabalhador. “A cultura machista prevalece sobre a importância do uso de equipamento de segurança. O trabalhador se recusa a usar e o empregador não exige”.
De acordo com Sergio Onofre, o empresário não vê o custo gerado por acidente de trabalho. “Além de lesionar o trabalhador, o empresário responde pelos custos. Essa situação é caótica”.