22/08/2023


Geral

APP organiza manifesto e assembléia amanhã (05)

* Por Rogério Thomas

A APP-Sindicato está organizando para esta terça feira (05) um manifesto em Curitiba contra a violência da última semana e a favor da democracia. A concentração será a partir das 09h00 na Praça 19 de dezembro com marcha até o Centro Cívico.

A partir das 14h30, o Estádio Durival de Britto (Vila Capanema) receberá pela terceira vez, professores e funcionários de escolas para a Assembléia Estadual da categoria, que irá debater a pauta da greve e o retorno ou não das aulas.

Em Guarapuava, a APP Sindicato vai participar dos eventos com dois ônibus lotados, na expectativa de ainda lotar um terceiro veículo nesta segunda feira (04).

PARALISAÇÃO

Hoje (04), a paralisação completa uma semana. Governo do Estado e sindicato dos educadores aguardam a deliberação dos servidores sobre o fim ou a permanência da greve para discutir como será o calendário escolar de 2015, já afetado com a paralisação anterior, que durou 29 dias. A assembleia será realizada às 14h30, no estádio da Vila Capanema, e são aguardados servidores de todas as regiões do Estado. De acordo com a APP, o que será discutido é a suspensão da greve, mas os servidores irão continuar em estado de greve, como ocorreu na primeira paralisação.

Na semana passada, o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), afirmou que os professores terão desconto salarial nos dias de greve. O Executivo se apega a uma liminar assinada no último dia 27 pelo desembargador Luiz Mateus de Lima, do Tribunal de Justiça do Estado. Em seu despacho, ele determina o retorno dos professores às salas de aula sob pena de multa diária, no valor de R$ 40 mil, ao sindicato. O magistrado também define uma multa diária de R$ 500 ao próprio presidente do sindicato, Hermes Silva Leão. O sindicato deve protocolar recurso contra a decisão nas próximas horas.

GREVE

A greve foi retomada no último dia 27 e ao longo da semana os professores acompanharam do lado de fora da Assembleia Legislativa a votação do projeto de lei que modifica o fundo de previdência dos servidores do Estado. O dia mais emblemático do movimento grevista ocorreu na quarta feira (29), quando cerca de 200 manifestantes ficaram feridos depois da repressão da Polícia Militar, que utilizou balas de borracha e bombas de gás lacrimogênio. O caso, que ganhou repercussão internacional, foi duramente criticado por dezenas de entidades e a violência empregada gerou a abertura de uma investigação no Ministério Público do Paraná.

O projeto de lei foi sancionado pelo governador do Estado na quinta feira, a despeito de um parecer do Ministério da Previdência, que ainda não opinou sobre as modificações propostas pelo Executivo estadual.

O sindicato dos professores estuda pedir a anulação da lei sancionada ou a suspensão da sessão do Legislativo que resultou na aprovação do projeto de lei.

Embora a previdência seja a justificativa principal da greve dos professores, a categoria também lembra que reajustes salariais devem ser discutidos neste mês. A data-base da categoria é o 1º de maio.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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