"A política não deixa sucessor", diz ex-deputado

Cristina Esteche

O ex-deputado estadual Leônidas Chaves (PFL), de Guarapuava,  é o novo Cidadão Honorário do município de Turvo. Ele é autor do projeto que desmembrou o antigo distrito de Guarapuava. Num momento de reflexão, o ex-deputado aposta no retorno de antigos políticos nas próximas eleições municipais, estaduais e federal, pela falta de novas lideranças.

Com mandatos cumpridos entre  1978 e 1990, Leônidas, durante a homenagem recebida na noite dessa segunda feira (11), na Câmara de Vereadores de Turvo, aproveitou o momento para criticar a postura política dos deputados  que votaram o projeto de lei que provocou alterações na ParanaPrevidência, provocando agressões contra professores manifestantes. “Lamento profundamente a postura dos deputados, principalmente, os de Guarapuava, que são três bons deputados, mas não tiveram a coragem de enfrentar o governador Beto Richa. O ex-deputado lembrou o episódio da criação do município de Turvo. “Enfrentei o então governador Ney Braga. Ele não queria que fosse criado mais municípios. Eu disse que não abriria mão e que ele resolvesse  o problema dele com a Assembleia, mas defendi o interesse do povo turvense e o distrito foi desmembrado”.

Durante visita à redação da Rede Sul de Notícias nesta terça feira (12), Leônidas Chaves, embora afastado da política,  também fez uma análise sobre o atual cenário político nas três esferas de governo. “Em Guarapuava falta experiência e determinação política, embora tenhamos um prefeito jovem que teve também a falta de sorte de ser parceiro de um governo quebrado”. Segundo o ex-deputado federal, Beto Richa não faz o sucessor, sobrando para os senadores Roberto Requião (PMDB) e Álvaro Dias (PSDB). O nome de Osmar Dias (PDT) também é citado. Leônidas diz também que no Brasil “acabou a era do PT” e aposta nos “tucanos” Aécio Neves ou José Serra, com apoio do PMDB. Para Guarapuava, ele escolhe o ex-prefeito Fernando Ribas Carli. “O problema do Carli na Justiça tem solução”, diz. De acordo com Leônidas Chaves, a alternância dos mesmos líderes no poder é causada pela falta de renovação “A política não deixa sucessor”, observa.