* Da Redação, com Gazeta do Povo
O Governo do Paraná está dependendo de um estudo do Tribunal de Contas do Paraná (TCE) para saber quanto ainda pode gastar com pessoal.
A conta vai ser feita com base no balanço quadrimestral do governo do estado. Os dados foram enviados para o TC nos últimos dias e agora o discurso do governo é de que é preciso esperar a conta oficial para saber quanto mais se pode gastar. A conta feita pela própria Secretaria da Fazenda, que não veio a público ainda, não serviria como baliza oficial, já que o TC é quem dá a palavra final.
A definição do reajuste a ser oferecido é importante principalmente em função da greve dos professores. Eles dizem que só voltam ao trabalho depois de terem sua reivindicação de reposição da inflação atendida. Segundo o sindicato da categoria, isso equivaleria a 8,17% de reposição. Sem resposta do governo, os servidores já falam em greve geral do funcionalismo.
A previsão por parte do governo, porém, não é animadora. O estado tem ficado todos os quadrimestres dentro do limite prudencial estabelecido pela Leio de Responsabilidade Fiscal, e provavelmente chegará nos próximos dias à conclusão de que isso não mudou. Assim, uma hipótese provável é de que o governo ofereça um reajuste parcelado.
Isso porque nos próximos quadrimestres o “ajuste fiscal”, incluindo aí aumento de alíquotas e a reforma da previdência, já deve ter produzido mais efeitos e ajudado a tirar as contas do vermelho. Se os sindicatos vão aceitar essa proposta é outra história.