Cristina Esteche
Moradores de uma das localidades mais tradicionais de Guarapuava, a antiga Avenida Cascavel, recebem neste sábado, às 15h, uma avenida nova. Não apenas no nome, que mudou para Aragão de Mattos Leão Filho, ex-deputado federal, mas, principalmente, na nova estrutura de mobilidade urbana. A avenida agora está mais confortável, segura, agradável. Além da pavimentação asfáltica executada pela Companhia de Serviços de Urbanização de Guarapuava (Surg), a administração municipal, dotou o espaço com ciclovia, galerias pluviais, meio-fio, calçadas, que se abrigam entre os nove metros de largura e 2065 metros lineares de extensão. Ciclovia
A revitalização começa a cerca de 500 metros antes do viaduto da ferrovia e segue até o acesso à PR 170 e à BR 277, valorizando imóveis ao longo da avenida.
Alagamentos eram constantes
O olhar humanizado incluindo a prevenção a alagamentos pela vazão do rio Cascavelzinho em temporada de chuva, provocou o desassoreamento e a limpeza constante do rio, desde o Bairro Industrial Xarquinho até a Avenida Moacir Silvestri, onde era o “Polaco Leiteiro”. Essa avenida é paralela à Aragão de Mattos Leão Filho. Mas a “menina dos olhos” da administração municipal, está na elevação de dois metros de parte da avenida. “A região é plana e para evitar alagamentos tivemos, principalmente, que aterrar para erguer a pista”, disse o diretor da Surg, Fernando Damiani. A antiga ponte de madeira ganhou bueiros celulares.
Toda esta reforma custou cerca de R$ 2 milhões aos cofres da Prefeitura, com recursos próprios. “A obra é cara, mas permite que as pessoas não tenham que conviver com a poeira e o barro”, observa Damiani.
Amassar barro ou conviver com o pó fazia parte do cotidiano das pessoas
Mais importante do que contemplar tudo que a avenida tem a oferecer hoje, incluindo sinalização vertical e horizontal, lombadas e travessias, iluminação pública eficiente, a nova avenida liga o Bairro Batel a outras quatro localidades: Jardim das Américas, Paz e Bem, Alto Cascavel e Jardim Aeroporto.
A inércia do poder público em gestões anteriores relativas à uma via que beneficia moradores de renda per capita minima chegou ao fim. As intervenções atingem loteamentos e áreas de ocupações irregulares onde vivem famílias de catadores de lixo reciclável, diaristas e desempregados. “Essa avenida é um corredor de quem trabalha com lixo reciclável e ficava impedido de sair para trabalhar quando chovia”, observa Damiani. Um trecho da via era interrompido pela falta de pavimentação asfáltica.