22/08/2023
Segurança

Júri de sequestradoras já dura mais de cinco horas

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Cristina Esteche

Já dura mais de cinco horas o julgamento das duas mulheres que tentaram sequestrar um bebê de três meses em junho de 2013, no Bairro Santana, em Guarapuava. Ângela Nicoliche e Aparecida Marta Nicolete  são indiciadas por homicídio qualificado consumado, tentativa de homicídio, incêndio, falsificação de documento público e tentativa de subtração de incapaz.

A prática aconteceu no dia 1º de junho de 2013 numa casa perto do Campo do Pavão em Guarapuava, quando a dupla, após se aproximar da mãe e do pai da criança durante três dias, conseguiram afastar o pai da casa. Depois deram um sonífero junto com café à Ana Paula; tentaram matar um menino hoje com 13 anos, sobrinho do casal, com marteladas na cabeça; atearam fogo na residência com Ana Paula desfalecida na cama, roubaram o bebê colocando dentro de uma sacola e tentaram fugir. “Quando a Angela me deu as marteladas me fingi de morto e consegui fugir pedindo socorro”, disse o menino em depoimento. O adolescente fez questão de falar na frente das duas mulheres.

Os depoimentos das testemunhas arroladas pelo promotor Felipe Gehr que atua na acusação, contaram em detalhes, como as mulheres chegavam nas casas em busca de bebês e como foi os crimes praticados na noite da tentativa do rapto. A acusação também se value do depoimento do taxista contratado em São Paulo pela dupla. O taxista disse que prestava servicos a Angela e que ela o contratou para vir buscá-la em Londrina com uma filha recém nascida. Porém, de Londrina foi contratado para vir a Guarapuava onde a mulher estaria com o suposto filho. Em Guarapuava, as duas pediram que o motorista as levasse a Londrina onde a criança estaria. Diálogos com terceiros, por telefone, e em idioma desconhecido, marcaram a viagem.

A acusação também mostrou o martelo utilizado por Angela para tentar matar o sobrinho de Ana Paula e a sacola contendo documentos da dupla, certidão de nascimento falsificada tendo Angela como mãe de uma menina, mas constando um nome masculino; além de roupa infantil  cor de rosa.

O promotor também lembrou que as duas mulheres e uma terceira, parente de Aparecida, já foram condenadas pelo mesmo crime cometido no interior de São Paulo. 

Cristina Esteche

Jornalista

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