22/08/2023
Segurança

Angela é condenada a 36 anos e Aparecida a 34 anos

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Cristina Esteche

Após cerca de 14 horas de julgamento o Corpo de Jurados condenou Ângela Nicoliche a 36 anos e Aparecida Marta Nicolete a 34 anos. As sentenças foram proferidas pela juíza Carmen Mondin, que presidiu o júri.

Desde o início o promotor Felipe Gehr do julgamento, previsto para começar às 9h desta quarta feira (20), pediu a condenação das rés, indiciadas por homicídio qualificado consumado, tentativa de homicídio, incêndio, falsificação de documento público e tentativa de subtração de incapaz. Os crimes aconteceram no dia 1 de junho de 2013 numa casa perto do Campo do Pavão em Guarapuava quando as duas mulheres tentaram sequestrar um bebê. LEIA AQUI.

Já defesa de Angela Nicoliche “patrocinada” pelos advogados Silvaney Oliveira e Eduardo Morais sustentou a tese da auto defesa. A ré negou a autoria dos crimes, depondo que ao chegar na casa de Ana Paula Galeski, que morreu após ter 42% do corpo queimado no incêndio criminoso, encontrou dois homens que discutiam com a vítima, cobravam dívidas, quebraram o que tinha dentro da residência e depois atearam fogo. Numa das contradições das rés, Aparecida disse que ela e Angela tinham sido contratadas por Ana Paula para fazer um “trabalho” e que a mistura de produtos colocados numa panela, pegou fogo e provocou o incêndio.

O advogado Jairo Cavalaro, defensor de Aparecida Nicolete, pediu a absolvição da ré no crime de falsificação de documento público. Uma certidão de nascimento contendo Angela como mãe de uma menina, mas com nome masculino foi comprovadamente falsificada. A certidão estava na sacola utilizada pelas mulheres para colocar o bebê sequestrado. Também forma encontradas roupas infantis cor de rosa e o documentos das duas mulheres.

As condenadas retornam ao presidio feminino de Tremembé, no interior de São Paulo, onde já cumprem pena por sequestro de outro bebê.

Cristina Esteche

Jornalista

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