Cristina Esteche
Tudo indica que a “queda de braço” entre o Governo e os servidores públicos do Estado está longe de acabar. O governador Beto Richa (PSDB) descartou ontem a proposta elaborada por deputados estaduais para tentar acabar com a
greve dos professores. Richa se mantem intransigente e vai contra até mesmo os deputados: 3,45% de reajuste em três parcelas, no fim deste ano, e reposição da inflação de 2015, estimada pelo governo em 8,5%, em janeiro do ano de 2016. Os deputados estaduais defendem 3,45% de reajuste em outubro e 4,56% em dezembro, zerando o índice inflacionário de 2014 que é de 8,17. Ainda ontem, o presidente da Assembleia, Ademar Traiano (PSDB), voltou a dizer que não coloca nenhuma proposta em discussão na Alep enquanto não houver um acordo entre o governo e os servidores.
Sem avanços nas negociações, os professores continuam fora da sala de aula há 36 dias, deixando um milhão de alunos do ensino médio sem aula. Entretanto, o governador não recua.
“O que nós apresentamos já é o resultado de aprimoramento de proposta anteriores”, disse Richa em entrevista coletiva no Plácio Iguaçu, momentos antes de liberar recursos para os municípios paranaenses. Segundo o governador, o governo já mudou a proposta “quatro, cinco vezes” , porém, sem acordo. “Tudo tem um limite. O dinheiro vem de um lugar só, não existe no estado uma fábrica de dinheiro, os recursos são resultado do esforço da sociedade em pagar impostos”, desferiu.