Em nota, Adunicentro pede compreensão dos alunos

* Por Rogério Thomas

A Associação dos Docentes da Unicentro (Adunicentro) emitiu uma Nota nessa terça feira (16) onde pede a compreensão dos alunos pela greve da categoria.

De acordo com a Nota, a luta é pela “preservação da nossa data base, o direito à aposentadoria e o respeito à categoria docente”.

CONFIRA A NOTA

Caros alunos, os Comandos de Greve de Irati e Guarapuava esclarecem que a greve é direito legal e legítimo de todo trabalhador e, no atual contexto que os professores universitários do Paraná vivem, a greve é o único recurso que nos restou para lutar pela manutenção dos nossos direitos. Manutenção porque não estamos pedindo aumento salarial e sim a preservação da nossa data base, o direito à aposentadoria e o respeito à categoria docente.

Entendemos a preocupação discente com a formatura e outros planos, mas temos o direito de lutar pela manutenção da nossa data base. Isto é o mínimo para voltarmos para a sala de aula.

Em relação ao custeio, faz-se necessário reiterar isso é uma outra questão que interfere diretamente no funcionamento da universidade. Temos a informar que a verba de custeio, no valor de 32 milhões, foi liberada às universidades e que, questionado, o Secretário da SETI João Carlos Gomes, nos informou que sua liberação está em andamento e que não está condicionada ao retorno às aulas. Desta forma a UNICENTRO dispõe dos recursos financeiros. Mas não é por conta do não repasse do custeio que estamos em greve. Nossa pauta é o pagamento dos 8,17% retroativo a maio.

O que conseguimos a partir de terça quando definimos a continuidade da greve:

‘A ADUNICENTRO, Sesduem, Adunioeste, Sinduepg e Sindunespar percorreram os gabinetes dos deputados e realizamos várias reuniões. As galerias foram lotadas por docentes universitários. Boa parte dos deputados foi convencida que o acordo de 3,45% não é consensual e gera perdas a todos os servidores públicos. Desta forma, as emendas foram apresentadas pelos deputados da oposição, da bancada independente, acolhidas pela Presidência da Casa e remetidas à CCJ. A votação em plenário deve ocorrer HOJE. Em seu discurso, o líder do Governo admitiu que os sindicatos dos docentes das IEES não participaram da construção do acordo de 3,45% e, portanto, a discussão será reiniciada. Nossa pauta, aprovada em assembleias, é de reposição de 8,17% retroativo a maio. HOJE será um dia decisivo neste ponto e também a SETI reabriu as conversas para nossa pauta positiva.’

ENTENDEMOS QUE OS INTERESSES INDIVIDUAIS DEVEM SER CONSIDERADOS, MAS NESSE MOMENTO O PRINCIPAL É DEFENDER A PRESERVAÇÃO DOS NOSSOS DIREITOS ENQUANTO CATEGORIA.

ESTÁ SENDO SOCIALIZADO ENTRE OS ALUNOS (VIA WHATSAPP) QUE A VERBA DE CUSTEIO FOI PARCIALMENTE RESOLVIDA E QUE A UNIVERSIDADE TEM CONDIÇÕES DE FUNCIONAMENTO. FICAMOS FELIZES E ALIVIADOS COM ESSA NOTICIA. NO ENTANTO NOSSA GREVE TEM COMO PAUTA O PAGAMENTO DOS 8,17% RETROATIVOS A MAIO, ESSA É NOSSA LUTA. A luta de professores que trabalham numa universidade que está sendo sucateada ano a ano pela falta de investimentos, por parte do estado, na sua estrutura física e humana.

PEDIMOS A COMPREENSÃO E APOIO DE TODOS OS ACADÊMICOS, POIS ESSA LUTA NÃO É SÓ NOSSA, É DE TODOS QUE DESEJAM INGRESSAR NA CARREIRA DOCENTE.

COMANDO DE GREVE IRATI E GUARAPUAVA

EM, 16 DE JUNHO DE 2015.