Cristina Esteche
Lojistas de Guarapuava enfrentam, mais uma vez, a concorrência de fora. A Feira de Inverno, que está acontecendo no Ginásio de Esportes do Guarapuava Esporte Clube, reúne donos de confecções de outros municípios paranaenses e é considerada uma concorrência desleal por parte de entidades. De acordo com o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava (ACIG), Eloi Mamcasz, o faturamento em uma semana é de cerca de R$ 3 milhões. “O momento da economia brasileira é delicado e a a feira itinerante vem com um apelo muito forte, fazendo com que o consumidor pense que está fazendo um bom negócio, quando isso não é verdade. Além do mais, cerca de R$ 3 milhões deixam de circular no município”.
Segundo Mamcasz, a situação piora quando o consumidor não tem a garantia da qualidade do produto adquirido. "Se houver algum dano o consumidor não vai ter como reclamar ou trocar, porque a feira acaba nesta sexta feira (26) e os expositores deixam a cidade". Outra reclamação dos lojistas locais é que os expositores não pagam impostos, não pagam aluguel mensal, não emitem nota fiscal e não geram empregos em Guarapuava.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Antonio Carlos Ferrer, também lamenta a presença da feira.” Lamentamos que empresas que atuam irregularmente voltem a nossa cidade para novamente trazer produtos com qualidade e origem que geram dúvidas.” Segundo Ferrer, uma empresa que se esconde atrás de um único CNPJ e que vende espaço para dezenas de outras, burla a lei”.
A Rede Sul de Notícias tentou contato com o coordenador da feira, mas foi impedida de entrar no local e de fazer fotos. De acordo com seguranças, o coordenador do evento não está na cidade e só chegará na sexta-feira (26).