22/08/2023

Resgate de geração para geração

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Taís Nichelle

Adriano Rodrigues De Bem nasceu no Rio Grande do Sul, mas mora em Guarapuava há seis anos. Veio para a cidade a convite do CTG Fogo de Chão, para ser instrutor de danças tradicionais das Invernadas (como eles chamam os grupos de dança). Adriano diz que não houve choque cultural com a mudança. “Em Guarapuava é muito forte a cultura gaúcha, nem deu pra sentir diferença nesse sentido. A cidade é muito acolhedora, já me sinto em casa”, conta. A esposa dele também é gaúcha, mas o filho Matias de dois anos de idade, é paranaense. Desde que nasceu, o pequeno Matias mantém contato com a cultura tropeira. “O CTG é o melhor lugar para criar um filho. Ensina todos os princípios básicos, como o respeito e a união familiar”, declara Adriano. 

Huberto José Limberger Junior não nasceu no Rio Grande do Sul, mas seu coração é gaúcho. Herdou o amor pela cultura tropeira do pai, que nasceu em Sobradinho – RS. Hoje ele incentiva os filhos a frequentarem o CTG Fogo de Chão. “O tradicionalismo gaúcho é diretamente ligado à família, aos bons costumes, ao respeito.. Valores que infelizmente estão se perdendo hoje em dia. É função dos pais passar esses valores para os filhos. No CTG, as amizades são feitas de família para família, pois a família é a nossa base”, declara Huberto, que já foi patrão do CTG Fogo de Chão.

Segundo o primeiro secretário do CTG Fogo de Chão Antônio Queiroz, não é preciso ter nascido nos pampas para ser gaúcho. “Gaúcho é quem cultiva a tradição tropeira. Quem toma chimarrão, gosta de música nativista, gosta de dançar as danças típicas… Ser gaúcho é um estado de espírito. Eu frequento o CTG há 16 anos, criei meus filhos aqui dentro”, explica ele.

O atual patrão do CTG, Douglas Limberger não nasceu no Rio Grande do Sul, tampouco é filho de gaúchos, mas é gaúcho. Começou por causa dos filhos, porque acredita que os valores e princípios da cultura gaúcha são essenciais. “Geralmente os jovens vão sozinhos para festas e baladas, é muito difícil os pais acompanharem os filhos nesses lugares. Já nas festas do CTG, toda a família participa das confraternizações, é uma forma de manter a família unida”.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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