Da Redação, com Assessoria
Nesta quinta-feira (06), 39 famílias de pequenos agricultores das cidades de Guarapuava e Prudentópolis receberam as chaves da casa nova. Nestas moradias foram investidos cerca de R$ 1,8 milhão dos governos do Paraná, por meio da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Secretaria de Agricultura e Abastecimento e Emater; Governo Federal e prefeituras.
As moradias fazem parte do programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), que visa o atendimento de famílias com renda bruta anual de até R$ 15 mil e que não possuam qualquer outra propriedade além daquela onde já vivem e trabalham. As famílias de pequenos produtores pagarão apenas quatro prestações anuais de R$ 285,00 pelas novas casas.
A entrega das chaves foi feita pelo Superintendente de Relações Institucionais da Cohapar, José Boni, junto com os prefeitos e demais representantes. Para ele, este programa é um incentivo para que o homem do campo permaneça na zona rural. “O governo do Estado tem investido na habitação rural como nunca antes. Essas casas são uma maneira de promover a melhoria da qualidade de vida e a permanência do agricultor no campo. Com mais conforto e segurança, elas poderão ter mais satisfação para trabalhar e cuidar da família”, disse.
Guarapuava – Em Guarapuava 18 moradias foram entregues, com investimentos de R$ 531 mil. O prefeito César Silvestre Filho declarou que está muito satisfeito com a parceria entre a Cohapar e o município. “Já entregamos 64 casas urbanas e temos outras 224 em obras, além das 500 unidades que estavam paradas e que serão retomadas as obras em breve. É uma grande revolução habitacional no nosso município e juntos, faremos ainda mais”, disse.
Para a família de agricultores Hélio e Cristina Zacaluszne, receber uma casa nova está sendo uma transformação. “Não tinha banheiro com chuveiro na casa velha e já estava bastante comprometida. Passávamos muito frio por causa das frestas e dos vidros, todos quebrados. Sempre que chovia tinha goteira em cima do fogão e eu não conseguia cozinhar”, contou Cristina.
Mariele Sielski Pazinato é outra beneficiária que já está morando na casa nova com o esposo, Valdir Pazinato e a filha Maria Heloise de um ano e oito meses. O que mais gostou na casa nova foi a lavanderia dentro de casa, já que ela trabalha o dia todo com o marido na lavoura de verduras e precisa lavar roupas à noite. “Gostei muito do espaço e, em especial, da lavanderia. Já comprei móveis novos e ainda quero mobiliar o quarto da minha filha. É bem diferente da casa antiga, que tinha goteiras que estavam apodrecendo todo o forro, pois foi construída com madeira usada e o assoalho estava cheio de cupim”, disse.
Prundentópolis
Na cidade, 21 moradias foram entregues aos agricultores com investimentos de R$ 620 mil. A beneficiária Emília Klai, 60 anos, morava na casa antiga, que era dos pais e tem 128 anos. Ela é solteira e teve filhos, que já estão casados. Ela contou que é aposentada, mas não teria condições de construir uma casa nova se não fosse este programa. “A casa velha apresentava muitos problemas como goteira, umidade que gerava bolor, as paredes estavam podres e o assoalho estava afundando. Estou gostando muito da casa nova e todos dizem que minha casa é o cartão postal daqui. que a mãe faleceu e por várias vezes pensou em se mudar, pois tinha medo Agora, aos poucos, vou trocar os móveis e vai ficar tudo novinho”, disse.
“A prefeitura e o Governo do Estado tem investido na habitação rural, pois sabemos das necessidades dos nossos agricultores. Essa é uma parceria que eu acredito e que tem dado certo”, explicou o prefeito Adelmo Luiz Klosowski.
Vida Nova
O beneficiário Vassílio Antônio Senczyszyn foi morar na casa antiga depois que a casa desabasse. Agora está cultivando frutas e criando galinhas. “Tive sérios problemas com alcoolismo e cigarro. Hoje não bebo e também não fumo mais, pois fiz tratamento. Pensei em ir embora pra Curitiba ou Santa Catarina, pois não me sentia bem na casa velha, estava apodrecendo, o chão já tinha abaixado e corria o risco de cair. Agora é vida nova e estou muito animado. Cuido da casa nova e do jardim com muita satisfação. Já plantei 50 pés de pêssego, estou cultivando frutas, verduras, feijão e criando galinhas poedeiras. É assim que tiro minha renda e, só com ela, eu não conseguiria juntar dinheiro para construir uma casa como essa. Para mim, foi o melhor presente,” explicou.
Dirce Litvin é viúva, mora com o filho mais novo, Samuel e a filha, Maria Nicolaia. Ela ainda aguarda a volta de seu filho Daniel, de 22 anos, que está recluso em Guarapuava. Para ela, a casa nova é um recomeço de vida. “No mesmo ano em que meu filho foi preso, perdi meu marido e fiquei sozinha com os filhos menores. Diante de tanto sofrimento, estar agora nesta casa nova significa deixar para trás tudo que vivi de negativo na casa antiga”, finalizou.