22/08/2023


Geral

Famílias realizam o sonho da casa própria

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Da Redação, com Assessoria

Nesta quinta-feira (06), 39 famílias de pequenos agricultores das cidades de Guarapuava e Prudentópolis receberam as chaves da casa nova. Nestas moradias foram investidos cerca de R$ 1,8 milhão dos governos do Paraná, por meio da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Secretaria de Agricultura e Abastecimento e Emater; Governo Federal e prefeituras. 

As moradias fazem parte do programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), que visa o atendimento de famílias com renda bruta anual de até R$ 15 mil e que não possuam qualquer outra propriedade além daquela onde já vivem e trabalham. As famílias de pequenos produtores pagarão apenas quatro prestações anuais de R$ 285,00 pelas novas casas.

A entrega das chaves foi feita pelo Superintendente de Relações Institucionais da Cohapar, José Boni, junto com os prefeitos e demais representantes. Para ele, este programa é um incentivo para que o homem do campo permaneça na zona rural. “O governo do Estado tem investido na habitação rural como nunca antes. Essas casas são uma maneira de promover a melhoria da qualidade de vida e a permanência do agricultor no campo. Com mais conforto e segurança, elas poderão ter mais satisfação para trabalhar e cuidar da família”, disse.

Guarapuava – Em Guarapuava 18 moradias foram entregues, com investimentos de R$ 531 mil. O prefeito César Silvestre Filho declarou que está muito satisfeito com a parceria entre a Cohapar e o município. “Já entregamos 64 casas urbanas e temos outras 224 em obras, além das 500 unidades que estavam paradas e que serão retomadas as obras em breve. É uma grande revolução habitacional no nosso município e juntos, faremos ainda mais”, disse.

Para a família de agricultores Hélio e Cristina Zacaluszne, receber uma casa nova está sendo uma transformação. “Não tinha banheiro com chuveiro na casa velha e já estava bastante comprometida. Passávamos muito frio por causa das frestas e dos vidros, todos quebrados. Sempre que chovia tinha goteira em cima do fogão e eu não conseguia cozinhar”, contou Cristina.

Mariele Sielski Pazinato é outra beneficiária que já está morando na casa nova com o esposo, Valdir Pazinato e a filha Maria Heloise de um ano e oito meses. O que mais gostou na casa nova foi a lavanderia dentro de casa, já que ela trabalha o dia todo com o marido na lavoura de verduras e precisa lavar roupas à noite. “Gostei muito do espaço e, em especial, da lavanderia. Já comprei móveis novos e ainda quero mobiliar o quarto da minha filha. É bem diferente da casa antiga, que tinha goteiras que estavam apodrecendo todo o forro, pois foi construída com madeira usada e o assoalho estava cheio de cupim”, disse.

Prundentópolis

Na cidade, 21 moradias foram entregues aos agricultores com investimentos de R$ 620 mil. A beneficiária Emília Klai, 60 anos, morava na casa antiga, que era dos pais e tem 128 anos. Ela é solteira e teve filhos, que já estão casados. Ela contou que é aposentada, mas não teria condições de construir uma casa nova se não fosse este programa. “A casa velha apresentava muitos problemas como goteira, umidade que gerava bolor, as paredes estavam podres e o assoalho estava afundando. Estou gostando muito da casa nova e todos dizem que minha casa é o cartão postal daqui. que a mãe faleceu e por várias vezes pensou em se mudar, pois tinha medo Agora, aos poucos, vou trocar os móveis e vai ficar tudo novinho”, disse.

“A prefeitura e o Governo do Estado tem investido na habitação rural, pois sabemos das necessidades dos nossos agricultores. Essa é uma parceria que eu acredito e que tem dado certo”, explicou o prefeito Adelmo Luiz Klosowski.

Vida Nova

O beneficiário Vassílio Antônio Senczyszyn foi morar na casa antiga depois que a casa desabasse. Agora está cultivando frutas e criando galinhas. “Tive sérios problemas com alcoolismo e cigarro. Hoje não bebo e também não fumo mais, pois fiz tratamento. Pensei em ir embora pra Curitiba ou Santa Catarina, pois não me sentia bem na casa velha, estava apodrecendo, o chão já tinha abaixado e corria o risco de cair. Agora é vida nova e estou muito animado. Cuido da casa nova e do jardim com muita satisfação. Já plantei 50 pés de pêssego, estou cultivando frutas, verduras, feijão e criando galinhas poedeiras. É assim que tiro minha renda e, só com ela, eu não conseguiria juntar dinheiro para construir uma casa como essa. Para mim, foi o melhor presente,” explicou. 

Dirce Litvin é viúva, mora com o filho mais novo, Samuel e a filha, Maria Nicolaia. Ela ainda aguarda a volta de seu filho Daniel, de 22 anos, que está recluso em Guarapuava. Para ela, a casa nova é um recomeço de vida. “No mesmo ano em que meu filho foi preso, perdi meu marido e fiquei sozinha com os filhos menores. Diante de tanto sofrimento, estar agora nesta casa nova significa deixar para trás tudo que vivi de negativo na casa antiga”, finalizou.

Cristina Esteche

Jornalista

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