22/08/2023
Economia

Ainda é vantajoso fazer compras no exterior?

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Da Redação

Recentemente, o dólar vem apresentando alta, batendo recordes não vistos ao menos há uma década. O câmbio encarece não só os produtos importados como também os custos básicos de uma viagem ao exterior, como passagens aéreas, hospedagem e alimentação.

No entanto, não é só a elevação do valor das moedas estrangeiras que está dificultando o acesso dos brasileiros aos bens de consumo. A inflação, altas taxas de juros e aumentos sucessivos em despesas essenciais, como a própria cesta básica e serviços de abastecimento de água, energia e telefonia, estão diminuindo o poder de compra de todas as classes econômicas, desde os produtos mais simples aos artigos de luxo.

Diante desse cenário, muitas pessoas adiaram os planos de viagem e de compras fora do país, mas, uma recente pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) mostrou outra realidade. De acordo com o levantamento, a conversão do dólar somado à taxa de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) ainda torna muitos produtos mais baratos se forem comprados no exterior.

Além disso, o crescimento econômico da última década mudou os hábitos da chamada classe média emergente ou classe C. Um exemplo gritante foi a ascensão de agências de viagem voltadas a esse público, como a ViajaNet, que, apostando nesse novo perfil de consumidores, simplificou a busca e a aquisição das passagens aéreas nacionais e internacionais. O resultado foi este case de sucesso e o ingresso de milhões de novos viajantes ao mundo do turismo e das compras.

Pode ser que o cenário desfavorável diminua a frequência das viagens ao exterior ou mesmo o valor médio gasto em artigos adquiridos em outros países, mas dificilmente o brasileiro vai regredir em suas preferências por produtos importados, principalmente quando o mercado nacional sofre com o atual cenário econômico, sem grandes chances, ao menos por enquanto, de oferecer preços menores e mais atrativos.

 

 

 

Cristina Esteche

Jornalista

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