22/08/2023
Cotidiano

Cartel Zona X faz do rap a voz da favela

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Cristina Esteche

Há três anos três  adolescentes de Guarapuava se reuniram para reivindicar por meio da música os seus direitos na sociedade. A iniciativa surgiu quando Luiz Felipe da Silva, o PC,17 anos, Anderson Lucas Mendes, 15 anos, e Felipe Souza, 17 anos, além da participação especial de Nego Caio, ainda eram crianças. Hoje, na adolescência, eles continuam unindo suas vozes a milhares de outras crianças, adolescentes e jovens que vivem na periferia da cidade. Eles formam o Cartel Zona X.

“A gente mora no Xarquinho e cantamos tudo o que vemos e vivemos. Na favela tem tráfico, tem prostituição, mas também tem coisas boas. Lá as pessoas não são falsas, falam na cara”, diz o PC [Pacto com Cristo]

A revolta não está apenas nas letras que escrevem, ou melhor, que retratam a realidade em que vivem, o que pensam e o que a desejam que a sociedade enxergue. “A gente vive na favela, na periferia, sem oportunidade de emprego, sem poder cantar a nossa música, sem poder curtir o nosso esporte, pois não temos praça, nem pista de skate. Só somos lembrado quando politicos safados e corruptos querem voto”, desfere Anderson.

“O nosso lema é menos cadeia e mais escolas, mais cultura, mais espaço, pois para nós o rap é a salvação, o crime não compensa e o rap é a revolução”, canta Nego Caio, que mora na Vila São Miguel.

 

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Cristina Esteche

Jornalista

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