Sessão da Câmara termina em confusão

Cristina Esteche

A sessão da Câmara Municipal de Guarapuava acabou em tumulto, envolvendo vereador e manifestantes, nesta terça feira (11). O estopim estava aceso desde o começo da sessão que votou projeto de lei que previa a cassação do título de Cidadão Honorário ao governador Beto Richa. Vaias, cartazes, faixas, palavras de ordem marcaram a sessão do início ao fim.

Mas foi um comentário do vereador Cosme Stimer (PP), após o final da votação que manteve a homenagem ao governador, que colocou fogo no “barril de pólvora”. Durante a suspensão da sessão por 10 minutos para acalmar os ânimos dos manifestantes, Stimer mandou a professora Marcia de Oliveira ir trabalhar. Marcia é diretora do Colégio Visconde de Guarapuava e sindicalista  à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e App Sindicato. “Estou no meu horário de folga e num país democrático”, respondeu a professora. Porém, o vereador insistiu dizendo que Marcia não trabalha e que vive há anos às custas do Sindicato. “Trabalho sim, sou professora e sou diretora”, respondeu. À Rede Sul de Notícias, Marcia disse que o vereador estava fazendo provocações a ela na tribuna.

A confusão, porém, ganhou corpo quando pessoas que estavam no plenário acompanhando a sessão tentaram impedir que outras filmassem a discussão. O foco foi desviado e outros que não estavam envolvidos no embate entre Marcia e Cosme Stimer, chamaram a atenção para si.

Sobrou até para a vereadora Nerci Guiné (PHS) quando a presidente da App-Sindicato Terezinha Daiprai disse que “Deus está vendo” referindo-se à votação contrária ao PL que revogava o título de Cidadão Honorário ao governador. Nerci é professora, catequista e ligada à Diocese. Terezinha a chamou de “ex-colega”.

O bate boca continuou fora da Câmara, envolvendo o assessor do deputado federal Aliel Machado, Lizandro Vieira e Jefferson Paulo, o Pelé. 

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