Da Redação
Na 18.ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na semana passada, o deputado estadual, de Guarapuava, Bernardo Ribas Carli (PSDB), é citado e faz parte da nova frente que investiga lavagem de dinheiro. A suspeita da Polícia Federal recai sobre escritórios jurídicos, entre estes, Guilherme Gonçalves & Sacha Reck, de Curitiba, que foi desmembrado em dois em 2013: Sacha Reck Advogados Associados e Gonçalves, Razuk, Lemos & Gabardo Advogados Associados. O escritório foi contratado por Carli durante a campanha eleitoral. Segundo o parlamentar, tudo foi feito dentro da legalidade, incluindo a prestação de contas.
Esta é a primeira vez na Lava Jato aparecem escritórios de advocacia como destinatários de dinheiro. A suspeita é de os valores tenham sido desviados a partir de contratos com órgãos públicos.
Segundo a Polícia Federal, em matéria publicada pela Gazeta do Povo, foram repassados R$ 37,5 milhões pela empresa Consist a quatro escritórios entre 2011 e julho de 2015 a pedido de Alexandre Romano, suposto operador do esquema preso na quinta-feira (13) . Ele atuava junto a empresa desde 2010, quando a Consist obteve um contrato no Ministério do Planejamento.
Segundo a GP, para a PF, chama a atenção o fato de o escritório Gonçalves, Razuk, Lemos & Gabardo ter recebido cerca de R$ 300 mil de candidatos nas eleições de 2014, conforme a prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Há que se perquirir se os pagamentos feitos pela Consist ao escritório não foram utilizados para o pagamento de despesas eleitorais, maquiando-se e ocultando-se a origem do dinheiro empregado para tanto”, questionam os delegados da Lava Jato.