22/08/2023
Geral

Empresário se cala em oitiva sobre Makuch na Câmara

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* Da Redação, com Radio Najua

O proprietário da empresa de monitoramento e segurança Alerta, Daniel Mach, permaneceu calado durante audiência realizada na Câmara de Prudentópolis na sexta feira (4). O empresário é uma das testemunhas da Comissão Especial de Investigação (CEI) instalada contra o presidente afastado Júlio Makuch (PSD). O vereador não compareceu à oitiva, que não foi aberta ao público.

O relatório final da CEI será apresentado na próxima sessão ordinária, na segunda feira (14). Porém, o relatório não vai a votação do plenário; apenas pode ser anexado ao relatório da Comissão Processante (CP), que está em andamento e que tem o mesmo objeto: a acusação de improbidade administrativa contra o vereador Júlio Makuch.

Investigação

Investigações da segunda fase da Operação Caçamba, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), apresentam indícios de que o presidente afastado seria sócio oculto da empresa Alerta, que foi contratada pela municipalidade. Conforme o GAECO, os contratos também seriam superfaturados e representariam prejuízo de R$ 370 mil aos cofres públicos, pela suposta aquisição de câmeras de segurança jamais instaladas. O GAECO aponta, ainda, que Makuch teria tentado fazer uso de seu cargo de presidente na Câmara para tentar pressionar o atual prefeito Adelmo Klossowski (PR) para renovar o contrato, em troca de apoio no Legislativo, proposta que teria sido negada.

Andamento da CEI

A Comissão Especial de Investigação foi instalada há um mês, na primeira sessão ordinária do segundo período legislativo. O requerimento partiu de iniciativa da Mesa Diretora, agora comandada pelo vereador José Adilson dos Santos – Yako (PSC), e foi subscrito por dez vereadores. O vereador Marcos Roberto Lachovicz (PPS) presidente a CEI; Marcos Vinício dos Santos (PT) é o relator e Maurício Bosak (PSC) é o secretário.

De acordo com o relator Marcos Vinício dos Santos, além do empresário, compareceu também a essa oitiva a ex-secretária de Finanças, Márcia Cordiak, e que era responsável pelos pagamentos na Prefeitura. Daniel March obteve na Justiça uma liminar que concedeu a ele o direito de permanecer calado na oitiva. “Ele não respondeu às perguntas, a não ser as que envolviam a empresa”, contou o vereador. Makuch, por sua vez, não compareceu à oitiva, mas apresentou a defesa por escrito.

Cristina Esteche

Jornalista

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