Da Redação
Nesta semana, a Fentect – Federação Nacional do Trabalhadores nas Empresas de Correios e Telégrafos e Similares – solicitou à Direção dos Correios a manutenção da proposta de acordo coletivo apresentada pelo vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST). A empresa ingressou com pedido de julgamento de dissídio coletivo junto ao TST, depois que as assembléias dos 36 sindicatos demonstraram que a categoria está dividida: 17 sindicatos decidiram não deflagrar paralisação, sendo que 16 aceitaram a proposta do TST.
De acordo com o documento enviado pela Fentect à empresa, a federação encaminhará “orientação aos sindicatos filiados para que reavaliem suas posições e analisem a quem irá interessar um dissídio nesse momento”.
Embora a condição imposta pelo próprio vice-presidente do TST para manter a proposta tenha sido a não deflagração de paralisação, os Correios entendem que o resultado das assembleias deixou claro que grande parte dos trabalhadores da empresa percebe os benefícios e aceita a proposta.
A iniciativa da empresa respeita as 17 bases sindicais que não deflagraram paralisação e visa garantir aos trabalhadores de forma geral os benefícios da proposta do TST, em um cenário econômico nacional e internacional adverso.
A proposta do TST prevê reajuste linear de R$ 200 em forma de gratificação (R$ 150 em agosto de 2015 e R$ 50 em janeiro de 2016), o que representa um aumento de cerca de 15% sobre o salário base inicial dos agentes de Correios. No exemplo abaixo, é possível conferir os benefícios aos trabalhadores:
CARGO E REFERÊNCIA |
REMUNERAÇÃO* ATUAL |
REMUNERAÇÃO* AGO/2015 |
REMUNERAÇÃO* AGO/2016 |
COMPARAÇÃO AGO/2016-AGO/2015 |
Carteiro NM 1 (2 anos de empresa) |
R$1.676,34 |
R$ 1.826,34 |
R$ 1.940,34 |
+ 15,74% |
* Cálculo inclui anuênio, adicional de 30%, diferencial de mercado e GIP.