Sempre esperamos mais de nossos presidenciáveis e governáveis, mas a realidade é nua e crua: ninguém dá o que não tem. O nível realmente é baixo, chegando lembrar a seleção brasileira na última Copa quando, apesar do óbvio, acreditávamos no transcendental. Não sabem eles (elas) que o Brasil corre riscos e que a doença se propaga dia após dia ? Certamente em nosso País há pessoas mais qualificadas e objetivas para nos devolver a segurança de que seremos bem governados. O Brasil não aguentaria uma direção qualquer, sem plano de ação. É urgente estabelecer uma ação que considere uma competitividade saudável e isonômica com outros países que se resolveram politicamente, pois não podemos voltar a ser colônia; imprescindível uma política econômica que congregue uma política social com a mesma eficiência e rigor com que se arrecada, pois não podemos voltar a ter escravidão; fundamental termos um cenário claro sobre o que vai acontecer amanhã, seja no setor da grande propriedade, da pequena propriedade e uma política definida para os que não tem propriedade. A torcida de todo brasileiro é que possamos sempre bater recórdes ( em todas as áreas ) e jamais ficar fora da competição.
O eleitor do século XXI não aceita mais políticos do século XX que se acostumaram a surfar em cima de balelas e discursos que sabemos serem só discursos. Já faz muito tempo que Platão escreveu a República e lá registrou: “nem sequer percebem que o verdadeiro piloto precisa de se preocupar com o ano, as estações, o céu, os astros, os ventos e tudo o que diz respeito à sua arte, se quer de fato ser comandante do navio, a fim de governar, quer alguns o queiram quer não”. Mais respeito à palavra senhores e senhoras presidenciáveis e governáveis. Nosso histórico é de sofrimento, até chegarmos aqui, muita coisa teve que acontecer. É incrível que a turma do PSDB não reconheça aspectos interessantes da turma do PT como também causa perplexidade ver a turma do PT não reconhecer alguns aspectos positivos da turma do PSDB e insistirem neste arcaísmo de rótulos de esquerda e direita. Precisamos ser rápidos. Este bate-boca de “surdos e mudos” não acrescenta nada ao nosso amanhã, pois o que de fato interessa ao brasileiro é: “como será daqui para a frente”. Também prometer uma nova política é muito pouco Marina Silva ( precisamos mais conteúdos e planos objetivos ), bem como ficar tentando derrubar o ‘sistema’ como apregoa o PSOL de Luciana Genro é muito e está provado que, apesar de ser uma opção objetiva, nunca será permitido acontecer em nosso País. Assim, temos que usar nossa experiência para distinguir o fazer política do governar. Transportando a frase de Walter Benjamin para este contexto, reitero que “nada do que um dia aconteceu pode ser considerado perdido”.