22/08/2023
Cotidiano

“Tapa-buraco” recupera parte da PR 466 entre Guarapuava e Turvo

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A pavimentação asfáltica da PR 466 no trecho compreendido entre Guarapuava e Turvo está passando por uma Operação Tapa-buracos. Funcionários da Dalba Engenharia, empreiteira responsável pelo recape feito em 2008, trabalham no trecho desde o último final de semana, 23 e 24. As obras deixam o trânsito lento na rodovia a partir do distrito de Pameirinha.

De acordo com o gerente do Escritório Regional do DER, Otto Milton Schenfelder, quando o projeto de recape foi elaborado entre 2006 e 2007, mas executado apenas em 2008, a previsão era que os serviços tivessem uma vida útil de três anos, o que está dentro do prazo estabelecido. Porém, os estragos na rodovia estão sendo provocados pelo aumento no tráfego de veículos, principalmente, caminhões carregados, que encontraram nessa rodovia um desvio para evitar o pagamento de pedágio.
“O aumento no tráfego é de cerca de 500% e a maior parte desse fluxo são de veículos pesados. É quase o mesmo fluxo que a BR 277”, disse Otto à RSN na manhã desta segunda-feira (25).

De acordo com o chefe regional do DER, são caminhões que vem das regiões do Mato Grosso e vão a Santa Catarina e Rio Grande do Sul, pela PR 170 (acesso ao município de Pinhão) e vice-versa. “É a única rodovia que desvia as praças de pedágio até Paranaguá e também a única ligação com as regiões Norte e Noroeste do Estado”, afirmou.

O movimento na PR 466 e as condições precárias da pavimentação asfáltica aumentaram o tempo entre Guarapuava e Pitanga, por exemplo. “Temos recebido muitas reclamações de pessoas que faziam o percurso entre Pitanga e Guarapuava em apenas 40 minutos e hoje estão levando até 1h30”, diz Otto.

A deterioração da pavimentação asfáltica foi facilitada pela própria fragilidade da obra. Apenas três centímetros de recape foram projetados. “É uma camada muito fina e o serviço que está sendo feito agora depois que notificamos a empreiteira é apenas um paliativo. O ideal é fazer um novo projeto, desta vez, para restauração de todo o trecho”, sugere.

Duas empreiteiras são responsáveis pela PR 466: Dalba Engenharia (até o Turvo) e de lá para frente é a Mouro, de Ponta Grossa. “Também notificamos a Mouro, mas ainda não recebemos resposta”, assegura Otto. A RSN tentou entrar em contato com a empresa, mas não conseguiu retorno. O engenheiro da Dalba, responsável pela operação “tapa-buraco” também não foi encontrado, pois estava em vistoria de obras.

Cristina Esteche

Jornalista

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