22/08/2023

“Se mitidando” no bobódramo da XV de Novembro

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Por Luãn Chagas

Sábado, 19 horas. Alguns se arrumando, outros preparando o carro, a moto, ou então, ligando para os amigos a fim de encontro num ponto conhecido e polêmico da cidade: A rua XV de Novembro. Um lugar democrático, que une raças, credos, vontades, tesões, músicas, muitas músicas e todo tipo de flerte e paquera. Essa é a realidade dos finais de semana no “bobódramo” de Guarapuava.

Na rua histórica já discursaram políticos como o senador Roberto Requião (E por sinal foi em frente à praça Cleve, que saudou o povo guarapuavano de “guarapuavenses”) ou então onde prefeitos como Vitor Hugo e Fernando Carli comemoraram suas vitórias eleitorais, ou por onde Visconde de Guarapuava já deu suas voltas. Esse é o local que já virou palco de violência, bebedeira, batidas policiais, drogas, mas também de casamentos, namoros e encontros.

Hoje, uma lei proíbe o comércio e consumo de bebidas alcoólicas em vasilhames de vidro, a fim de prevenir a violência e limpar a rua que amanhecia o domingo em meio aos cacos de vidros, resultado da festeira da noite anterior. Pode haver críticas, pronunciamentos no rádio, na Câmara de Vereadores e até nos bancos acadêmicos da universidade, mas todo sábado os mais novos e os mais velhos se encontram entre o Colégio Visconde e o chafaris para mais uma noite de festa.

Outra questão é a a paciência e a quantidade de gasolina que aguente tantas voltas, pelo mesmo trecho por mais de quatro horas seguidas. E não pense, amigo leitor,talvez você também vá lá, que só carros populares, ou aqueles caindo aos pedaços dos menos abastados financeiramente que se dão ao desfrute de uma volta no bobódramo. A presença dos carros de luxo é um fato, ferraris, camaros, peugeots conversíveis, camionetes 4 x 4 e, de vez em quando, até caminhão passa pelo local para um encontro casual, ou então, o motivo mais claro de ir até lá: se mostrar, ou na gíria guarapuavana, “se mitidar”.

Foto: Rede Sul de Notícias

Matéria publicada originalmente no blog Gorpa Cult, desenvolvido por acadêmicos do 2o. de jornalismo da Unicentro, parceiro da RS. – Professora Níncia Teixeira

Cristina Esteche

Jornalista

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