2 suspeitos de fraude na Previdência permanecem detidos; 5 pagaram fiança

Dois dos sete suspeitos detidos pela Polícia Federal na última quarta-feira (31), durante a Operação Falcatrua, continuam na carceragem da 14ª SDP de Guarapuava. Cinco suspeitos pagaram fiança e foram liberados.

Foram liberados Roseli Terezinha Scharam, Doriane de Lara, Lucio Sergio Camargo Caldas, Moacir Scarmocin e José Lopes Barbosa após pagamento de fiança. Os valores das fianças pagas variaram entre R$ 5.000,00 e R$ 7.000,00. Continuam detidos José Panizon e Vanderlei José Bugge, que ainda não pagaram a fiança.

O primeiro comunicador a ter acesso à lista de detidos foi Celso Pinheiro, que divulgou em seu programa “Combate: a Cidade contra a Violência”, na TV Difusora. Os nomes dos detidos foram confirmados para a RSN pela carceragem da Polícia Civil.

Polícia Federal

A Polícia Federal, que é a fonte oficial para a Operação Falcatrua, segue como regra a não divulgação de nomes de suspeitos ou envolvidos nas investigações. “Lamentavelmente não podemos impedir que a divulgação seja feita. Porém, não podemos confirmar se são ou não os envolvidos citados”, afirma o delegado chefe da Policia Federal em Guarapuava, Joel Moreira Ciccotti. “A Polícia Federal não libera o nome nem de pobre e nem rico. Também desconheço a profissão dos envolvidos na quadrilha. Também não sabemos quem tem posto social mais elevado. Os detidos foram encaminhados para a Polícia Civil porque a Polícia Federal não tem custódia”, explica Joel.

A Operação

A Operação Falcatrua, deflagrada na última quarta-feira (31), tem como objetivo colher elementos probatórios sobre a atuação de um grupo suspeito de fraudar benefícios previdenciários concedidos pela Agência no município.

Com o desenvolvimento das investigações, identificou-se a participação de três servidores públicos da Agência da Previdência Social em Guarapuava que atuavam conjuntamente com particulares, os quais eram responsáveis por arregimentar segurados com o objetivo de viabilizar ilicitamente e mediante contraprestação financeira, a concessão de benefícios previdenciários a pessoas que supostamente não preenchiam os requisitos legais.

Foram cumpridos sete mandados de prisão temporária, expedidos em desfavor dos suspeitos de realizar as fraudes e oito mandados de busca e apreensão.

Estima-se que o prejuízo causado, até a data do início da Operação, seja de aproximadamente 700 mil reais.

As investigações foram iniciadas em fevereiro de 2011 com base em informações recebidas na Delegacia de Polícia Federal em Guarapuava. As principais fraudes foram detectadas em benefícios por incapacidade, especialmente auxílio-doença.

A ação conta com a participação de 28 policiais federais e 10 servidores do Ministério da Previdência Social.