Dados divulgados pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento afirmam que o Paraná deve produzir 23,3 milhões de toneladas de grãos na safra de verão 2019/202 . Cerca de 80% da produção de cevada do Estado está concentrada nos núcleos de Guarapuava e Ponta Grossa.
Ainda de acordo com o Deral, o volume representa um aumento de 18% na comparação com a safra anterior e explica-se principalmente pela recuperação das produtividades da soja, feijão e milho.Há expectativa de manutenção da área total, em torno de 5,9 milhões de hectares, com um pequeno aumento de área da soja em 30 mil hectares, opção considerada mais segura para os produtores, e consequente redução nas demais culturas, como o feijão e o milho.
O secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, destaca a recuperação da produtividade. “Se o clima for favorável, e com o nível de preços atuais, o Paraná poderá superar 40 milhões de toneladas com a inclusão de safras de outono e inverno. A lamentar, apenas, a nova redução do cultivo de milho na primavera, o que é ruim para o modelo agrícola, mas embute uma racionalidade econômica dos agricultores a curto prazo”, diz.
CEVADA
De acordo com a assessoria do Estado, foi encerrado o plantio da safra 2018/19 de cevada. A área plantada é de 58,1 mil hectares enquanto a produção esperada é de 257,2 mil toneladas. Se confirmada, a produção será 17% maior do que a safra anterior.
Cerca de 80% da produção do Estado está concentrada nos núcleos de Guarapuava e Ponta Grossa. Além disso, a estiagem e a geada afetaram o desenvolvimento das plantas, mas com as chuvas da última semana, as lavouras tendem a melhorar, ficando 80% em condições boas e 20% em condições médias.
“No mesmo período do ano passado, as plantas estavam 85% em boas condições e o desenvolvimento estava mais adiantado”, explica o analista Rogério Nogueira. Com o atraso, a colheita da cevada está prevista para iniciar em novembro, encerrando no começo de dezembro.
FEIJÃO 1ª SAFRA
Além disso, o Paraná sai na frente para abastecer o mercado brasileiro, sendo o primeiro Estado a colher feijão da primeira safra. A área, estimada em 155 mil hectares, é 5% menor com relação à safra anterior, redução registrada principalmente nos núcleos regionais de União da Vitória e Guarapuava, onde os produtores estão optando pela soja.
Com boas condições climáticas, a expectativa de produção é de 309 mil toneladas, 25% maior do que no ano anterior. Os núcleos regionais de Ponta Grossa, Curitiba, Irati, Guarapuava e União da Vitória correspondem a 83% do total produzido nessa primeira safra.
Hoje, a saca de 60 kg do feijão cores é comercializada por R$126,00, e o feijão-preto por R$112,00. Na avaliação do engenheiro agrônomo do Deral, Carlos Alberto Salvador, esses valores estão cobrindo os custos do produtor.
SOJA
A soja é responsável por 91% da área e 82% da produção total de grãos de verão. Dos 6 milhões de hectares previstos para a primeira safra, 5,5 milhões são da soja.
Nesta primeira safra 19/20, a expectativa é de manutenção na área plantada e de aumento na produção, projetada em torno de 19,8 milhões de toneladas.
O aumento de 22% na produção é devido a recuperação da produtividade, pois a área agricultável do Estado está bem definida. No ano passado, principalmente a partir do mês de outubro, a seca afetou significativamente a produção de soja no Paraná, que teve quebra de 17%, o que corresponde a 3 milhões de toneladas.