Depois da madrugada de pescaria, coloquei meu traje de motociclista, me despedi de meus parentes e retomei minha viagem rumo ao Paraguai. No percurso, o sono foi batendo e os olhos começaram a fechar. Quando vi, já esta comendo faixa e muitas vezes acordava com buzinas de carros e caminhões que notavam meu cansaço. Realmente: viajar sem dormir não é uma opção. Parei em alguns postos a fim de perder o sono, tomei um energético e continuei a viagem, mas nada, nada tirava meu sono. Continuei a viagem mesmo assim, apenas com o clarear do sol que o sono foi a se extinguir. Quando o sol enfim raiou, já estava cruzando a fronteira do Brasil com o Paraguai.
Um fato engraçado que me aconteceu: para quem conhece está fronteira sabe que existem canaletas para as motos. Acabei entrando nessas canaletas e no decorrer do percurso ela foi se estreitando. Os baús da moto começaram a raspar contra as muretas e paredes até que chegou ao ponto de estreitar tanto que fiquei preso pelas muretas. Uma fila de motoqueiros buzinava atrás de mim. Assim que acelerei a moto, lixei tudo até conseguir sair. Ufa! Que alivio. Havia saído desta situação. Assim que aprendi mais uma lição na viagem: minha moto não se comporta mais como uma moto, devido sua carga ela é comparada mais com um carro do que com uma moto.
E finalmente a Ciudad del Este!
Ao chegar a um estacionamento já utilizado anteriormente pela família, comecei a realizar minhas comprar e a equipar-me com o que ainda me faltava. Assim, na distração e na correria das compras, acabei passando sem o café da manhã nem o almoço. Ao finalizar minhas compras, voltei para o Brasil e resolvi logo de preparar minha documentação para a saída oficial do país e para a entrada na Argentina. Um forte temporal se aproximava, assim logo fiz a carta verde (seguro obrigatorio Argentino) e me dirigi até o CATRE, um camping Adventista no caminho para as Cataratas do Iguaçu. Armei acampamento e logo a seguir ventos fortes e chuva torrencial começou a me assolar. Como estava muito cansado e com fome, fui dormir. Mais tarde entrei em contato com familiares e com a minha namorada, me despedindo já, pois pela manhã, logo cedo, estaria em território Argentino e não mais poderia ter a facilidade de conversar por celular como temos no Brasil. Assim que finalizei minhas despedidas, logo peguei no sono novamente