O ex-deputado Plínio de Arruda Sampaio, morreu aos 83 anos, vítima de câncer nos ossos. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. A morte de Plinio de Arruda Sampaio deixa mais uma lacuna na política de esquerda, da qual é um ícone. A sua trajetória consagra a sua passagem pela vida terrena.
Ligado à corrente católica, era um dos últimos remanescentes da ditadura militar brasileira. Deputado, em 1964, pelo PDC, durante o golpe que derrubou o então presidente João Goulart, era relator da Comissão Especial de Reforma Agrária.
Teve os direitos políticos cassados pelo AI-1 (Ato Institucional) e foi obrigado a se exilar no Chile. Depois fez mestrado em Cornell, nos EUA. Voltou ao Brasil em 1976.
Em 1981, Plínio se filiou ao PT, e se tornou um dos nomes mais importantes na cúpula petista. Voltou à Câmara em 1985, como suplente de Eduardo Suplicy, e se reelegeu no ano seguinte para a Assembleia Constituinte.
Participou da coordenação da primeira campanha de Lula à Presidência, em 1989. No ano seguinte, disputou o governo de São Paulo pelo PT e ficou em quarto lugar.
Plínio deixou o PT em 2005, desiludido com o escândalo do mensalão. Ajudou a fundar o PSOL e disputou o governo de São Paulo no ano seguinte. Em 2010, aos 80 anos, lançou-se à Presidência pelo PSOL.