A fila da casa própria se arrasta por anos e anos

A falta de uma política habitacional em Guarapuava e a longa fila que se arrasta num cadastro iniciado ainda na primeira gestão do ex-prefeito Vitor Hugo Burko está levando famílias a atitudes extremas. Há cinco dias, 100 famílias ocuparam duas áreas de propriedade do município no Bairro Industrial. O desinteresse da Prefeitura para o caso foi a "gota d´água", segundo moradores. Essa não é a primeira vez que famílias ocupam áreas no município. Sem perspectivas em adquirir a casa própria pelos meios legais, homens, mulheres e crianças lutam por direitos constitucionais ao seu modo. "Estamos cansados de tanta promessa que nunca são cumpridas. Agora em ano eleitoral, depois de anos e anos sem ouvirmos que casas populares vão ser construídas, dizem que vão construir ali e aqui", diz o pai de três filhos que moram nos fundos da sua casa como agregados.

De acordo com a Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná), escritório regional, em Guarapuava faltam mais de 6,5 moradias, incluindo casebres que precisam de reformas com urgência. Desse total,  perto de 4 mil são para famílias de baixo poder aquisitivo quer ainda moram em casas alugadas.