A última pesquisa divulgada pelo Ibope na quinta (22) mostrou que a presidente Dilma senta nas duas pontas da mesma gangorra. Atualmente, se o desempenho da presidente está em alta, a avaliação do seu governo cai. À primeira vista pode parecer confuso, mas a oscilação da presidente que subiu de 37% em abril para 40% neste mês nas intenções de voto, está dentro da margem de erro da pesquisa. Nesse mesmo percentual de diferença, ou seja, 3% se situa os brasileiros que consideram o governo ruim ou péssimo. A queda também se verifica dentro daqueles que o consideram bom ou ótimo.
Embora a consulta popular dê a vitória à presidente já no primeiro turno, caso as eleições fossem hoje, em 30 dias os principais adversário Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) subiram na escala popular. O “tucano” foi de 14% para 20% enquanto Campos, de 6% para 11%. O que pode ter influenciado no crescimento de Aécio foi a exposição no programa eleitoral gratuito do PSDB, que dedicou maior espaço ao pré candidato. Já Campos, praticamente dobou o número de eleitores sem acesso à propaganda eleitoral na tevê.
Já a presidente Dilma mostra resistência perante os vários escândalos que imputam ao seu governo e envolvem petistas de “primeira hora”.
A pesquisa mostra também que a presidente precisa arregaçar as mangas e ir à luta, já que a simulação de um possível segundo turno, as intenções de voto sobrem três pontos tendo Aécio como adversário, e dois quando o nome é Eduardo Campos.
Mas o agravante e onde mora o perigo é que os brasileiros que querem mudança em todos os setores, incluindo a presid6encia, soma 65%, mais do que o dobro da fatia do eleitorado que defende a permanência do governo. Em outro questionamento, 25% quer mudança mas com Dilma na “cabeça”, enquanto 67% faz o opção por outro presidente.
A consulta traz à tona, portanto, um imbróglio eleitoral que é confirmado se levar em consideração os índices que mostram desejo de mudança, a desaprovação do governo, e outros pontos. Mas mesmo assim, o grau de satisfação do brasileiro é alto: 71% estão satisfeitos com a vida que levam contra 17% de insatisfação.