por Adriano Wilkson do UOL
Rio de Janeiro – A maratona aquática feminina agitou o mar do Rio de Janeiro, nesta segunda feira (15). Aos 33 anos, a nadadora Poliana Okimoto se tornou a primeira mulher brasileira a ganhar uma medalha olímpica em esportes aquáticos.
Na manhã de hoje em Copacabana, Poliana chegou em quarto após os 10 km da maratona aquática e herdou o bronze após uma adversária ser desclassificada.
Ela já tinha saído satisfeita com seu desempenho, mesmo em quarto, a dois segundo da terceira colocada. Mas minutos depois de cruzar a linha de chegada, quando dava entrevistas aos canais de televisão, Poliana soube da desclassificação da francesa Aurelie Muller, que chegara em segundo, por um o movimento ilegal na reta final da prova.
"Eu já sou chorona, quando soube aí mesmo que chorei", disse Poliana.
A disputa da maratona aquática aconteceu, nesta segunda-feira (15), apenas pela terceira vez na história dos Jogos Olímpicos. Após ser inserida no torneio em Pequim-2008, a prova foi disputada em Londres-2012 como parte do programa de natação, mas passou a ser considerada uma modalidade individual a partir dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
O pódio fez Poliana esquecer Londres-2012, quando precisou desistir da prova por conta de uma hipotermia. Agora ela é a primeira mulher a conquistar uma medalha para o país nos esportes aquáticos.
A medalha de ouro ficou com a holandesa Sharon Van Rouwendaal, que completou os 10 quilômetros da prova em 1h56m32s1. A francesa Aurelie Muller fez excelente recuperação e ficaria com a medalha de prata ao percorrer a distância em 1h56m48s7, mas a direção da prova desclassificou a atleta após considerar que ela impediu que a italiana Rachele Bruni tocasse a linha de chegada.
Com isso, a italiana, que terminou a prova em 1h56m49s5, acabou saltando para a segunda colocação, com tempo pouco inferior ao de Poliana, que realizou a prova em 1h56m51s4 e acabou promovida para a terceira posição. Na 10ª colocação, Ana Marcela Cunha completou em 1h57m29s.
Após a decisão dos organizadores, a Federação Francesa de Natação entrou com recurso para rever a decisão que tirou a medalha de prata de Aurelie.
Na 'Foto do Dia, as nadadoras recebendo líquido para poderem continuar a prova.