O Governo do Paraná fez um balanço da greve do funcionalismo público no fim da tarde desta quarta (26). De acordo com fontes do Palácio Iguaçu, a paralisação não tem força. “Apenas 3% das escolas estaduais de todo o Estado aderiram à greve”, disse a fonte ao Portal RSN. “A nossa avaliação é de que a greve não existe”. Entretanto, o Paraná possui cerca de 2,2 mil escolas.
De acordo com o Governo, serão descontados dias dos funcionários que estão parados. Professores deverão repor atividades em horários extras. Porém, aquele que estiver trabalhando terá o salário integral e não vai precisar de reposição de aulas.
Para o Estado, o funcionalismo e a sociedade entenderam a posição do Governo em preservar a saúde financeira do Paraná. “Estamos há cinco anos em depressão econômica no país”, disse o Governo ao Portal. A fonte se refere à queda de arrecadação com um déficit de 1,8% no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano. Há também a redução no repasse de recursos federais aos estados. Apesar dessa diminuição financeira, o Governo diz que não atrasa salários e nem pagamento a fornecedores e ainda retoma obras paralisadas.
“Estamos fazendo ajustes e o governador entende o esforço do funcionalismo. Mas estamos no Governo há seis meses apenas, trabalhando com um orçamento deixado pela ex-governadora Cida Borghetti”.
NOVAS ADESÕES
Porém, a APP-Sindicato faz outra avaliação da greve e diz que a adesão está aumentando. Segundo a entidade, 80% das escolas estaduais aderiram ao movimento. O Núcleo Regional de Educação de Guarapuava disse que um ou outro professor está sem trabalhar, mas nada que comprometa as aulas na maioria dos estabelecimentos.
Ainda em Guarapuava, a Adunicentro deliberou pela greve e por tempo indeterminado. Também nesta quarta (26) o Sintesu, que representa os trabalhadores da Unicentro, aderiu ao movimento.