A pedido de Silvestri, congresso discutirá Gripe Suína

Brasília – A urgência de se discutir meios de evitar a entrada do vírus da gripe suína no Brasil e ações de controle e tratamento para eventuais contaminações fez as comissões de Defesa do Consumidor; de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e de Seguridade Social e Família anteciparem para amanhã, a audiência pública que seria realizada na próxima quinta-feira. O requerimento solicitando o encontro foi feito pelos deputados federais Cezar Silvestri (PPS-PR), Elcione Barbalho (PMDB-PA) e Fernando Coruja (PPS-SC). A audiência está marcada para as 14h30 no plenário número 5 da Câmara dos Deputados.
Foram convidados para audiência o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Gérson Penna; o presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Dirceu Raposo de Mello; o diretor de Portos, Aeroportos e Fronteiras da Anvisa, José Agenor Álvares da Silva; e um representante do ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Para Silvestri, é importante que medidas preventivas sejam discutidas antes que algum caso venha a ser registrado no país. “Não queremos cobrar nem culpar ninguém pela doença ter se alastrado, queremos que medidas sejam tomadas de forma rápida e eficiente. O congresso não pode ficar omisso a essa questão, temos que discutir de que forma podemos colaborar”, destacou.

Doença respiratória
A gripe suína é causada por uma mutação de um vírus. Nos humanos, a doença provoca uma inflamação severa dos pulmões, que pode levar à insuficiência respiratória. A gripe também pode provocar lesões nos músculos, prejudicando o funcionamento dos rins e do coração. Em todos esses casos, a doença pode provocar a morte.
Não houve registros oficiais da doença no País até esta segunda-feira. O Ministério da Saúde informou no domingo que os 15 casos suspeitos de ter contraído a gripe estão sendo investigados. No mundo todo, até o meio da manhã desta segunda-feira, a OMS (Organização Mundial de Saúde) tinha confirmado 985 casos, com 26 mortes.
Na semana passada, a OMS havia advertido de que o vírus não pode mais ser contido e que os governos devem agora se focar em medidas para amenizar seus efeitos.