22/08/2023

A política está em campo

Os campos para a disputa eleitoral já estão sendo montados nas esferas nacional e estadual. Uma terá o reflexo da outra. Em Brasília, o Congresso passa a ser pautada por duas CPI’s  (Comissão Parlamentar de Inquérito): a da Petrobras, provocada pelos oposicionistas, e a da Alstom, soba intenção dos governistas em resposta, principalmente, ao PSDB.

Até agora, a dribles  dão  vantagem à oposição com a decisão ministra Rosa Weber determinando a instalação da CPI exclusiva da Petrobras. Como resposta, os governistas mudaram a estratégia e partiram para o ataque ao propor a nova CPI da Alstom.

Se o governo tinha uma concentração calma com base em número de pesquisas onde o Governo e, principalmente, a presidente Dilma  vivia uma situação tranquila com índices históricos de aprovação, as ações dos contrários começaram a criar passes estratégicos tumultuando o jogo. Com base nas últimas pesquisas, embora Dilma continue liderando, uma nova situação se apresenta; mais de dois terços dos brasileiros querem mudanças. Tudo por conta das denúncias da Petrobras,  medo da inflação, crise no setor energético. Agora as atenções se voltam sobre o que pode acontecer com a saída do deputado André Vargas do PT.

No Paraná, o governador Beto Richa trava uma batalha com  Brasília para conseguir os empréstimos, principalmente, o de R$ 817 milhões do Proinveste. Mais uma barreira se impõe. A Procuradoria solicitou manifestação da  AGU (Advocacia-Geral da União) sobre a decisão liminar do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso que suspendia restrições impostas pela União ao governo do Paraná pelo descumprimento do limite legal de 12% dos gastos com saúde em 2013. A medida, é claro, dificulta a liberação dos recursos.

Paralelamente, a greve dos professores estaduais que se estende por mais esta semana pautada pela recusa da proposta feita pelo Governo, incomoda e ganha apoio de outros estados, transformando-a numa luta com reflexos nacionais. Antes disso, as universidades estaduais se articularam pela liberação de recursos e prometerem fechar as portas, caso não houvesse uma reação do Governo. Outros movimentos podem surgir, mas o tempo se esvai, afinal em junho acontecerão as coligações partidárias e em seguida a Copa do Mundo, evento que vai desviar as atenções do povo para o foco esportivo. Tudo bem que manifestações vão surgir, mas nada vai superar o amor da massa brasileira pelo futebol.

Depois disso, os ataques vão continuar no campo político e a julgar pelas partidas preliminares que estão acontecendo, nenhum lado vai facilitar. A torcida é para que o Brasil seja o campeão, tanto na política quanto no futebol. E que o brasileiro entre em campo preparado para marcar um gol de placa.

Cristina Esteche

Jornalista

Relacionadas

Este post não possui termos na taxonomia personalizada.

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.

Pular para o conteúdo